Doutrinários


A POSTURA DO CRISTÃO FRENTE AOS PROBLEMAS DA VIDA
Hb 3:17-18 Pv 15:13 Jo 16:33”b”


INTRODUÇÃO
O cristão encontra satisfação na vida pela maneira como confronta as adversidades. A satisfação do cristão não está ligada à ausência de problemas ou de adversidades, mas à Capacidade de enfrentar as vicissitudes de modo positivo e com fé. Fl 4:10 -13 Pv 15:13. A vida do der humano é o reflexo do culto que pratica e da fé que esposa ou Vivência
.
ORIENTAÇÕES QUE AJUDARÃO NO ENFRENTAMENTO DOS PROBLEMAS E DAS ADVERSIDADES.

1. NÃO ABORRECER COM COISAS PEQUENAS.
Existem pessoas que sofrem por coisas, situações ou problemas que cuidadosamente Avaliadas se chega a conclusão que são problemas pequenos ou quase insignificantes Jr 12:5. Diz um pensador que problemas pequenos só atingem mentes pequenas.

2. NÃO MURMURAR
Murmurar é censurar disfarçadamente. É conceber mau juízo. É conversar Difamando ou desacreditando. É resmungar. É falar mal de alguém ou de alguma coisa. Jo 7:12-13 At 6:1 Fl 2:14-15 I Pe 4:9 I Cor 10:10.  Murmuração é pecado.

3. SER AGRADECIDO PELO QUE TEMOS
Gratidão é reconhecimento por benefícios recebidos. É agradecimento com Reconhecimento e louvor. Saber ser agradecido é um dever do cristão verdadeiro. I Tes 5:16 Sl 92:1 Sl 100:4-5 Sl 103:1-5

4. TROCAR A TRISTEZA PELA ALEGRIA
O cristão precisa ter em sua vida este fruto do Espírito “A alegria” Gl 5:22-23 I Tm 6:6 Rm 14:17 Fl 4:4 Pv 15:13.  A alegria adoça os momentos amargos, ameniza as frustrações e os
desapontamentos, e afasta a ansiedade. Um sorriso faz bem para o corpo e para a alma. Ninguém é tão pobre que não possa oferecer um sorriso. Habacuque aprendeu olhar para além das circunstâncias, das aflições e das adversidades e deixar fluir em sua vida a alegria Hb 3:17-18 Fl 4:4.

5. TER ATITUDES POSITIVAS
O cristão precisa estar de bem consigo mesmo, e de bem com a vida. É impossível ser feliz sem um forte senso de respeito a si próprio. Todos nós devemos aprender a lidar com o sofrimento; as perseguições e as adversidades II Cor 4:17. Adotar atitudes positivas é um dos critérios mais importantes para alcançar a felicidade. Em algum momento na vida teremos qe nos posicionar, e não devemos nos deixar arrastar pelo pessimismo ou pelo mau humor, pois tais atitudes arrasará a nossa dignidade e a nossa auto estima. 

6. DESENVOLVA PENSAMENTOS SADIOS
Os pensamentos determina as ações e os sentimentos. Cultivemos pois, bons pensamentos dando a nós mesmos a oportunidade de vislumbrar coisas grandes e altruístas e as profundezas do amor de Deus. Fl 4:8 Cl 3:1-2. Salomão escreveu que somos o que pensamos, e que a vida de uma pessoa é o resultado dos seus pensamentos Pv 23:7. Quando interiorizamos coisas boas, passamos a exteriorizar coisas boas também.

7. REMOVA O LIXO DO RESSENTIMENTO
O ressentimento ou amargura é um mal terrível e contagioso Hb 12:15. A amargura ou ressentimento de uma pessoa pode alastrar-se e corromper a muitos, afetando pessoas completamente inocentes. Nem sempre é possível se evitar conflitos entre pessoas, mas podemos impedir que um relacionamento.  Uma das principais lições que devemos aprender na jornada da vida é perdoar os que nos tem ofendido Mat 18:21-22.

8. ABANDONE A RIGIDEZ OU RADICALISMO
O radicalismo ou rigidez exacerbada é a marca registrada do legalismo. Restringe a criatividade, bloqueia o progresso, exerce um efeito narcotizante sobre as pessoas levando a sentirem emocionalmente asfixiadas e infelizes Mat 6:36. A rigidez ou radicalismo condena os sonhos à morte. Sem sonhos a vida se torna infeliz, cheia de tristeza e de desesperança. O amor é contrário à rigidez ou radicalismo I Cor 13:4-7. O amor reconhece o direito e o livre arbítrio, que cada pessoa tem de exercer a capacidade de escolha.

9. RESERVE TEMPO PARA DEUS
Quando reservamos tempo para Deus e permitimos que sua palavra seja fonte vital em nossa vida, ela passa a determinar nossas atividades e pensamentos. Deus deve ser a prioridade em nossa vida Mc 12:30 Mat 6:33. A comunhão com Deus através da Bíblia e da oração, produz momentos de deleite e contribui de forma eficaz para a nossa felicidade. Sl 19:7-11 Sl 37:4-5 Sl 119:2 Sl 119:18.

(Pastor Eurimar Alves - AD sta Maria Baixa)







 APREENDENDO GRANDES LIÇOES COM A NAÇÃO DE ISRAEL  (Nm 13:1-25)

           INTRODUÇÃO: Todos os estudiosos da bíblia e os observadores da história geral sabem que a saída do povo de Israel do Egito através de milagres sobrenaturais realizados pelo poder de Deus, foi um dos maiores acontecimentos já vistos em toda historia da humanidade. Depois que os israelitas partiram do Egito em menos de três meses chegaram ao monte Sinai (também chamado Horebe) onde haveriam de acampar-se pelo período de quase um ano e teriam de aprender qual seria o destino e os propósitos de Deus para suas vidas. Terminados o ano de preparação no monte Sinai, os israelitas marcham até chegar a Cades-Barnéia no deserto de Parã, praticamente a um passo da terra prometida, a terra de Canaã. Foi do deserto de Parã que Moisés enviou 12 (doze) homens, como espias à terra que deveria conquistá-la.

I. OS HOMENS QUE FORAM ESCOLHIDOS COMO ESPIAS (SUAS QUALIFICAÇÕES)
A. Eram príncipes, nobres, maiorais e cabeça de cada uma das 12 tribos de Israel Nm 13:1-3;

B. Eram homens fortes, inteligentes e representantes ilustres de suas tribos;

C. Foram escolhidos de forma criteriosa, e enviados para conhecer a terra prometida e depois com relatos vivos, incentivarem o povo a lutar com bravura e galhardia na conquista da terra;

D. Eles foram e lá ficaram 40 dias. Ficaram maravilhados com a terra. Uma terra fértil, boa, que manava leite e mel. Era tudo quanto Deus já havia falado para eles;

E. Ao saírem para a missão que estava designada (espiar a terra), saíram alegres, otimistas, animados e honrados por serem escolhidos representantes de cada uma das 12 tribos de Israel;

F. Ao chegar em Canaã, aqueles 12 espias observaram tudo. (A exuberância da terra, a sua fertilidade, os seus frutos e o tipo dos homens que nela habitavam). Verificaram tudo e voltaram para apresentar o relatório a Moisés.

II. O RELATÓRIO QUE OS ESPIAS APRESENTARAM A MOISÉS E A CONGREGAÇÃO DE ISRAEL

A. O relatório de 10 dos espias enviados
Após espionar a terra 10 homens dos escolhidos para esta tarefa, voltaram dominados pela dúvida, pela incredulidade e pelo pessimismo. Mesmo vendo com os seus próprios olhos a exuberância da terra e os seus excelentes frutos, voltaram dominados por:

1. Senso de fraqueza Nm 13:31
Eles disseram: não poderemos subir, eles são fortes e nós somos fracos. Não conseguiremos entrar lá, pelo contrario morreremos neste deserto comendo pó, pois lá existem gigantes e não poderemos vencer. Duvidaram do poder de Deus e só enxergaram os obstáculos, só olharam para as circunstâncias e adversidades. Naufragaram como Pedro no mar da Galiléia.
E lamentável constatar como tantos crentes estão vivendo nos dias atuais: dominados por um senso de fraqueza. Desanimados, tristes, desencorajados para a luta. Não crêem nas promessas de Deus, só olham para as dificuldades, para os inimigos, para os gigantes que estão a sua frente e nunca olham para o Senhor Jesus Heb 12:1-2 Rm 8:37.

2. Complexo de inferioridade Nm 13:31
Eles disseram: são mais fortes do que nós. Estavam dominados pelo complexo de inferioridade. Eles se sentiam desprezíveis. Estavam engajados numa causa perdida. De fato as cidades que eles deveriam conquistar eram grandes, mas Deus é maior. As muralhas eram altas, mais Deus também é altíssimo. E tremendo. Os gigantes eram fortes, mas Deus é todo poderoso.

3. Dominados por uma fraca auto-estima Nm 13:33
Eles disseram: éramos aos nossos próprios olhos como gafanhotos. Eles eram príncipes e nobres. Lideres escolhidos de forma criteriosa, mas se encolheram e se diminuíram. Sentiram-se como insetos. De príncipes tornaram-se gafanhotos. De filhos do rei a insetos.

4. Foram dominados por uma visão distorcida da realidade Nm 13:33
Eles disseram: éramos gafanhotos aos olhos deles. Todos eles são gigantes e nós pigmeus. Eles são muitos e nós poucos. Eles vivem em cidades fortificadas e nos no deserto. Eles são guerreiros e nós peregrinos. Olharam as coisas pelo avesso. Sentiram-se indignos, menos homens, menos gente, sentiram-se verdadeiros insetos.

5. Tornaram-se verdadeiros arautos do caos Nm 13:32
A bíblia diz: que eles infamaram a terra. Tornaram-se proclamadores do desanimo, do pessimismo, da dúvida e da incredulidade. Eram proclamadores da derrota antecipadamente.
Aqueles 10 espias conseguiram contaminar todo o arraial de Israel com a sua incredulidade, desanimo e pessimismo. Lamentavelmente existem hoje muitas pessoas que foram vencidas pelo gigante do pessimismo, do desanimo, das circunstâncias e dos seus sentimentos turbulentos e tornaram-se arautos do caos. Agoureiros do desanimo, do pessimismo e do fracasso. Toda multidão perambulou 40 anos no deserto, porque deram ouvidos aos arautos do caos.

B. Efeitos do relatório apresentado pelos 10 espias
 O relatório dos 10 espias causou um grande impacto sobre o arraial ou congregação de Israel. 

1. Induziu o povo ao desespero Nm 14:1
 A bíblia diz que o povo chorou amargamente aquela noite. Toda congregação chorou. Ficaram assombrados, apavorados, arrasados. Não viam saída. Não havia solução por isso se entregaram ao choro do desespero e da derrota.

2. Induziu o povo a murmuração Nm 14:2
Toda a congregação de Israel murmurou contra Moisés e Arão.
Toda aquela multidão alvoroçou rebelada contra Moises, insurgindo assim contra o próprio Deus. Acusaram e se queixaram do Senhor.

3. Induziu o povo a ingratidão Nm 14:2
Eles disseram: antes tivéssemos morrido no Egito. Esqueceram-se da bondade de Deus, do livramento, das maravilhas, das bênçãos e das vitórias dadas pelo Senhor.

4. Induziu o povo a apostasia Nm 14:3
Eles disseram: seria melhor voltarmos para o Egito. Apostasia pura. Não há nada que entristece mais o coração de Deus do que ver o seu povo ultrajar a sua graça e querer voltar atrás, sentindo saudade do Egito Heb 10: 38-39

5. Induziu o povo à amotinação Nm 14:4
Eles disseram: Levantemos um para ser nosso capitão e voltemos para o Egito. O povo insuflado pelos 10 espias, queria outros lideres que os guiassem de volta ao Egito. Rejeitaram a liderança de Moisés. Houve um motim. Uma conspiração com trágicas conseqüências no arraial do povo de Deus.

6. Induziu à perseguição contra a liderança instituída por Deus Nm 14:10
Em vez de obedecer à voz de Deus o povo rebelde decidiu apredeijar os lideres que Deus constituiu. Não queriam mudar de comportamento e de vida, mas mudar de liderança.

7. Induziu o povo ao medo Nm 14:9
O medo, a fobia é terrível. O medo altera as situações. Os discípulos no mar da Galileia é um exemplo desta verdade Mat 14:5-27

C. O relatório apresentado por Josué e Calebe
1. Apresentaram um relatório otimista.
A terra é boa , terra que mana leite e mel, terra fértil, veja os frutos que foram trazidos de lá Nm 13:27 14:7

2. Apresentaram um relatório tendo como base a fé nas promessas de Deus a Israel.
Eles disseram: “subamos animosamente e possuamos La em herança, certamente prevalecemos Nm 13:30 14:8

3. Mesmo sendo apenas dois espias foram ousados diante do arraial e em seu relatório exortou o povo a não ser rebelde, a não temer o inimigo e confiar somente no Senhor Nm 13:30 14:9

III. AS ATITUDES DE UM VERDADEIRO LÍDER CONSTITUÍDO POR DEUS NM 14:5-6

1. Quebrantamento diante de Deus
Na hora da crise aguda não adiante discutir, brigar, jogar uns contra os outros, espalhar boatos etc. é preciso quebrantamento, humildade e boca no pó.

2. Confiança nas promessas infalíveis da palavra de Deus Nm 14:7
Devemos nos firmar nas promessas de Deus, sem vacilar nem tão pouco nos deixar ser influenciados.

3. Conhecer a estratégia de Deus para a vitória Nm 14:8
A nossa vitoria não advêm da nossa força, da nossa habilidade ou da nossa capacidade, mas da presença do Senhor conosco Nm 4:9 Sl 127:-12

4. Deus honra a nossa fé e nos recompensa Nm 14:24-30
Josué e Calebe entraram na terra prometida. Eles confiaram em Deus e Deus honrou a sua fé.
Aqueles homens que não tiveram fé, e apresentaram um péssimo relatório, todos foram destruídos Nm 14:37-38

Que o Senhor no ajude e nos guarde. Amém

(Pr Eurimar Alves de Souza)









O trabalho da igreja feito para Deus

A obra de cada um se manifestara; na verdade o dia a declarara, porque pelo fogo será descoberto e o fogo provara qual seja a obra de cada um ( 1 Co 3. 11-15)

Temos aqui a linguagem figurada uma das belezas e riquezas das escrituras esta forma de linguagem esta em toda Bíblia. O tabernaculo, suas ofertas, seus moves, seus oficiantes e uma linguagem figurada. Sob a linguagem figurada temos o trabalho da igreja comparado a uma construção de um prédio

1 Toda construção tem alicerce ( 1 Co. 10,11)
   A  O alicerce e de suma importância ( Mt  7,25)
   B  Que alivio o alicerce já esta pronto ( Mt 16,18-Ef 2,20-Ap 21,14)
   C  Sem ter o alicerce ( Jesus ) você não pode nem começar a construção

2       Os Matérias da construção  ( 1 Co 3,12 )
Os matérias são três. Três bons aprovado por Deus e três não servem mais mesmo assim milhares de cristãos estão usando

1.    Ouro
Representa a gloria de Deus
                          A gloria de Deus ( Ex 37,7-40.34,38-Hb 9,5 Sl 26,8 )

                    Trabalhar com ouro e trabalhar para glorificar a Deus e tudo que                                    fazemos  para Eli ( Sl 103,1 Ex 30,34-38 Sl 104,1)

                    Deus já disse que sua gloria Eli não dar a outro (Is 48.11 e 42,8)

                             Estamos glorificando a Deus?ou pensamos que glorificamos( Cr 29,1)

                                   Estamos tomando para nos a gloria que pertence unicamente a Deus ? Eli e o único Rei da gloria ( Sl 24,10 -1 Cr 10,31)
                        
2.    Prata
Representa resgate ou apoio

A prata era utilizada para apoiar as bases do santuário ( Ex 38,27)

Era utilizada para apoiar e unir a estrutura da tenda ( os remidos ) ( Ex 26.,17-19 )

Trabalhar com prata e empenhar prioritariamente na salvação ( 1 Tm 4,10 e At 4,12 )

A melhor base de apoio e o exemplo na palavra no procedimento no amar na Fe e na pureza ( 1 Tm 4 ,11) que exemplo estamos dando?


Santa Maria baixa
(Pr Eurimar Alves de souza)    







Sermão

A VIDA E O MINISTÉRIO DO 
PROFETA SAMUEL  - I Sm 3.1-10
(Pr Eurimar A Souza)

Introdução: a vida ou biografia.  Ao estudarmos sobre os grandes homens da bíblia ou do mundo secular, descobrimos e entendemos que todos tiveram características que marcaram a sua via. Exemplos: Noé (justo), daniel (oração e disciplina), Gideão (trabalho), José) (domínio dos desejos), Abraão (obediência e fé), etc. Estudar sobre a vida, chamada e ministério do profeta Samuel é com certeza muito inspiradora e gratificante.

I. SAMUEL E A SUA INFÂNCIA: 
A. Uma infância na casa de Deus - I Sm 2.18
B. Uma infância observada por sua me - I Sm 2.19
C. Uma infância com crescimento abençoado- I Sm 2.26

II. A CHAMADA DE SAMUEL
A. Deus chamou Samuel antes antes que a lâmpada de Deus no Templo se apagasse - 3.3-4
B. Uma chamada pessoal - I Sm 3.4
C. Uma chamada repetida - I Sm 3.8
D. Uma chamada atendida - I Sm 3

III. A CONFIRMAÇÃO DO SACERDÓCIO DE SAMUEL
A. Samuel confirmado pelo  Senhor - I Sm 3.19
B. Samuel confirmado  diante de Israel (pelo povo) - I Sm 3.20
C. Samuel confirmado pelo  palavra - I Sm 3.2; I Sm 3.1; Mt 24.35

IV. AS SETE PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PROFETA
1. Samuel era obediente - I Sm 3.9
2. Samuel era atento - I Sm 3.10 - Obs.: Muitos perdem grandes oportunidades e bênçãos de Deus pelo fato de não serem atentos. Ex:  marta irmã de Lázaro.
3. Samuel era disposto ou diligente - I Sm 3.16
4. Samuel era leal e sincero - I Sm 3.17-18
5. Samuel era progressivo - I Sm 3.19 e I Sm 2.26
6. Samuel era honrado por Deus (privilegiado) - I Sm 3.19 - Obs.: Samuel era prudente no falar ( só falava se tivesse conviccção que Deus o honraria)
7.  Samuel era distinguido ou conhecido como profeta de Deus - I Sm 3.20


(Pr Eurimar A Souza)



.


Sermão
FENO - 1 Co 3.12
(Pr Eurimar A Souza)

Amados, o feno representa comida de animal ( Dn 4.33) é a erva que se corta e seca serva para alimento do gado. Quero chamar a sua atenção para o tipo de comida que você esta comendo. É a carnalidade, o mundanismo ou a vaidade humana? Tudo isso leva o homem a uma situação de perigo (1Pe 1.24)

O Feno só alimenta a natureza carnal do homem natural (1Cr2.14). O homem natural causa um estrago na obra de Deus, preste muita atenção no capitulo 3 versículo 1 aá 9 de 1 Corintios:

Vers 1- Tem que saber como se fala com este tipo de pessoa;
Vers 2 - Tem que tratar como criança ( com leitinho);
Vers 3 - Este tipo de pessoa é invejosa e contedenderia;
Vers 4 - está sempre formando divisões ( Grupinhos, panelinhas);
Vers 5 - Precisam entender melhor quem Deus convocou;
Vers 6 - Tudo está no controle de Deus, ele dá o crescimento;
Vers 7 - A glória é de Deus e não do homem;
Vers 8 - O galardão é segundo o seu trabalho. O que você esta fazendo?
Vers 9 - Entenda que somos cooperadores de deus e não do inimigo.

 Temos que ter o discernimento do Espírito Santo para não imitarmos o irmão Pedro (MT 16.23).  Há uma grande diferençã da inclinação da carne e do Espírito - Romanos 8: 5-9



Pr Eurimar A Souza






Sermão

PORÇÃO DOBRADA - II Reis 2 
(miss Audenice - Dinha)

Em II Reis capitulo 2, vemos a historia de um já idoso Profeta e seu servo. Aqui a Bíblia descreve uma das passagens mais espetaculares de todo V.T. Para Elizeu a unção veio por seu pedido á seu mestre. O porque da unção de Elias?
No 38º ano de asa séc IX a.c. Acabe 7º e pior rei de Israel (Norte) começou á reinar. Casou-se com Jezabel que Introduziu a idolatria. e então DEUS levanta Elias para combater esta prática.
A primeira vez que encontramos Elias é em I Reis 17, Elias levanta-se e fala para Acabe:(1 Re 17) Em seguida vai p/ o deserto, e cumpre-se toda profecia naquela terra. (Corvos o sustentaram milagrosamente...)

·                     Milagres qual Elias participou antes de ser arrebatado:
1. Predisse ao rei Acabe, uma grande seca, I Re17:1
2. Aumentou o azeite da viúva 1 Re 17:1
3. Ressuscitou o filho da viúva de Sarepta, I Re 17:21;
4. Enfrentou e venceu os profetas de Baal no monte Carmelo, I Re18:20;
5. Orou para que chovesse, e choveu, I Re 18:41-46;
6. Mandou q descesse fogo do céu p/ consumir os soldados d rei Acazias, 2Re1:9-12;
7. Dividiu as águas do rio Jordão, II Reis 2:8.

Deus manda Elias procurar seu sucessor… encontra Elizeu. Em 1 Re 19:19.Agora vemos Elias e Eliseu Juntos, Eliseu, que após ser selecionado por Elias, Deixou sua casa e passou a seguir seus passos, (se tornou discípulo).

·  Atitudes tomadas por Elizeu (que, se nós praticarmos teremos porção dobrada de Espírito como foi com Elizeu).
                      
1ª atitude manter-se como servo: Observar, obedecer, servir e não se apartar. Eliseu sabia que Elias iria partir ele Estava determinado a segui-lo, pois uma pessoa prestes a morrer frequentemente pronunciava bênçãos sobre outras, ex: GN 49 (Jacó) e Eliseu não queria perder essa oportunidade. Não se apartar do mestre.

• Elias por varias vezes pede para Eliseu ficar mais ele insiste. Para ganhar porção tem q caminhar com mestre: A caminhada começou em Gilgal:

 GIGAL, 1ª CAMINHADA DO PROFETAè (2 RS 2:1) Representa aquele que dá 1º passo da saída do mundo para a direção de Deus. Muita coisa importante na historia de Israel aconteceu em gigal. Ex:Lugar onde povo d Israel saiu qdo andou pelo deserto, A geração de Hebreus q nasceu ou cresceu no deserto só foi circuncidada em gigal, Js 5:8-9 A 1ª páscoa celebrada após a saída do Egito e Deus se deu em Gigal. Gigal simboliza aliança, circulo de pedras. Significa aliança sólida e forte. Este é o 1º passa o para o dobro: aliança. Se tornar servos de aliança. Deus dá a porção dobrada a homens de aliança. Dê seu 1º passo na direção de Deus.

Depois veio Betel - 2ª CAMINHADA DO PROFETA, (Casa de Deus):Estar plantados na Casa de Deus. É lugar de decisões, (seguir ou não com Deus).

 Passaram por JERICÓ, 3ª CAMINHADA: Lutas espirituais - Vencer barreiras. Jericó significa: Lugar mal-cheiroso! “Cidade das Palmeiras - Lugar d Fragrância”. Ñ admitir vida de aparências: Palmeiras por fora, mal-cheiro por dentro. Cura d’almaJericó é Lugar de guerra espiritual (Vencer sua Jericó), até que chegam ao Jordão.

 JORDÃO 4ª CAMINHADA DO PROFETA – Jordão é onde Jesus recebeu Espírito Santo Depois de Jericó, Eliseu teve q atravessar Jordão. (Romper limites)....P/ receber vitória temos q passar o Jordão - Canaã a terra prometida está após Jordão. O Jordão possui o maior curso da Palestina. É o rio + famoso do mundo. O único que se acha abaixo do nível do mar. Jordão significa: o que desce. (abaixar para pegar o manto). Descer é se humilhar. Descer, se humilhar, ser servo. O caminho p/ a porção dobrada tem passagem obrigatória pelo discipulado. Quem deseja o manto da unção em dobro, precisa se dispor a ver outros subindo 1º. Tem que passar pelo Jordão!

 2ª Atitude - saber o que quer: Surge a pergunta: Pede-me o q queres que te faça?
Eliseu sabia o que queria: O MANTO de seu mestre, pois o poder de Deus estava nele. Pediu uma porção dobrada do espírito de Elias: para continuar a missão de Elias, Eliseu viu Elias subir recebeu a porção e sucedeu Elias, conforme II Reis 2.

E HOUVE PORÇÃO DOBRADA: foram 7 grandes feitos do Elias, mais, Eliseu fez mais...
01. Dividiu as águas do rio Jordão, II Reis 2:14;
02. Tornou saudáveis as águas de Jericó, II Reis 2:19;
03. Duas ursas despedaçam 42 meninos q zombavam de Eliseu, 2 re 2:24;
04. Aumentou o azeite da viúva, II Reis 4:4;
05. Reviveu o filho da sunamita, II Reis 4:34;
06. Purificou o cozinhado envenenado, II Reis 4:38
07. Multiplicou os pães, II Reis 4:42;
08. Curou Naamã da lepra, II Reis 5:10;
09. Fez flutuar um machado, II Reis 6:6;
10. Feriu o exército sírio de cegueira, II Reis 6:18;
11. Profetiza abundância d alimento de 1 dia para o outro, e se cumpre.2R7;
12. Prediz o reinado de Hazael sobre a Síria, II Reis 8:7-15
Prediz a vitória dos israelitas sobre os sírios, II Reis 13:17.

Eliseu morreu e em vida fez 13, para ter poção dobrada teria quer ser 14 o dobro de Elias. Veriquem então II Reis 13:20-21 (Deus honrou a promessa d Elias a Eliseu e o 14º grande feito Eliseu ocorre após sua morte, exatamente o dobro de realizações de Elias). Eliseu não se afastou de seu mestre e obteve vitória, NÃO SE AFASTE DE JESUS NOSSO MESTRE.
·                     A pergunta é o que queres que eu te faça?
·                     Pergunta esta feita por Elias á Eliseu.
·                     Pergunta esta feita por Jesus á Bartimeu.
·                     Pergunta esta feita de Deus para você!
(miss Audenice)





Sermão

POUPADO!!!    C. H. Spurgeon
(SERMÃO PREGADO NO METROPOLITAN TABERNACLE - INVERNO DE 1860-1)

"Ficando eu de resto." (Ez 9.8)

A VISÃO de Ezequiel, registrada no capítulo prévio, trouxe à luz as abominações da casa de Judá. A visão que se segue neste capítulo mostra a terrível punição imputada pelo Senhor Deus à nação culpada, começando por Jerusalém.
Ele viu os executores apresentarem-se armados, e o homem vestido de Unho marcar as pessoas antes que os executores começassem o trabalho de destruição pela porta do Templo; viu-os sair pelas principais ruas da cidade e não deixar de percorrer um único beco; eles mataram todas as pessoas que não tinham o sinal na testa marcado com a tinta do tinteiro de escrivão. Ele ficou só, esse profeta do Senhor, ele próprio poupado em meio ao massacre universal; e quando as carcaças caíram aos seus pés, e corpos manchados de sangue derramado e coagulado jaziam espalhados ao redor, ele disse: "Ficando eu de resto". Ele ficou vivo entre os mortos, porque foi encontrado fiel entre os incrédulos. Ele sobreviveu à destruição universal, porque tinha servido o seu Deus em meio à depravação universal.

Agora retiraremos a sentença da visão de Ezequiel e nos apropriaremos dela. Penso que quando a relemos e a repetimos: ''Ficando eu de resto", ela muito naturalmente nos convida a fazer um retrospecto do passado, também sugere muito prontamente um prospecto do futuro, e, acho, permite igualmente um contraste terrível reservado aos impenitentes.

1. Em primeiro lugar, meus irmãos, temos aqui uma reflexão patética, que nos convida a fazer um retrospecto solene. "Ficando eu de resto”.

Muitos aqui se lembram dos tempos de enfermidade, quando a cólera grassava pelas ruas da cidade. Talvez você tenha esquecido aquele período de pestilência, mas eu não, nunca esquecerei, quando os deveres de meu pastorado me convocaram a andar continuamente por entre as casas atingidas pelo terror e ver os que morriam e os mortos. Impresso em meu coração sempre permanecerá algumas dessas cenas tristes que testemunhei quando cheguei pela primeira vez a esta metrópole e, em vez de abençoar os vivos, fui empregado para enterrar os mortos. Alguns aqui presentes passaram não só por uma epidemia de cólera, mas por muitas, e talvez tenham testemunhado também climas onde a febre prostrava centenas de pessoas, e onde a peste e outras doenças medonhas esgotaram seus tremores, e toda seta atingiu o alvo no coração de alguns de seus companheiros. Contudo, alguns ficaram de resto. Você andou por entre os sepulcros, mas não tropeçou neles.
Doenças cruéis e fatais espreitaram seu caminho, mas não lhes foram permitido devorar você. Balas da morte assobiaram perto de seus ouvidos, e no entanto você ficou vivo, pois a bala não estava destinada ao seu coração.
Você olha para trás, alguns de vocês, por cinqüenta, sessenta, setenta anos. A cabeça calva e branca conta a história de que você não é mais um recruta inexperiente na guerra da vida. Você se tornou veterano, se não inválido, no exército. Você está pronto para se aposentar, tirar a armadura e dar lugar a outro. Olhe para trás, irmão, você entrou no descanso; lembre as muitas vezes em que você viu a morte granizar multidões à sua volta, fazendo-o pensar: "Eu fiquei de resto".
E nós também que somos mais jovens, em cujas veias o sangue ainda pulsa com vigor, nos lembramos dos tempos de perigo quando milhares caíam à nossa volta, contudo podemos dizer na casa de Deus com grande ênfase: "Eu fiquei de resto" — protegido, grande Deus, quando muitos outros pereceram; sustentado, permanecendo sobre a rocha da vida quando as ondas da morte colidiam sobre mim, os borrifos incidiam com forte impacto sobre mim e meu corpo ficou saturado com doença e dor, contudo ainda estou vivo — ainda tenho a permissão de conviver entre as ocupadas tribos dos homens.
Que retrospecto como este nos sugere? Não deve cada um de nós fazer a pergunta: "Para que fui poupado? Por que fui deixado?" Nessa época muitos de vocês estavam — c mesmo agora alguns ainda estão — mortos em delitos e pecados. Você não foi poupado porque era fiel, pois você não produziu nada mais que as uvas de Gomorra. Certamente, Deus não deteve
sua espada por haver alguma coisa boa em você. Inúmeros e clamorosos males em seu temperamento, se não ainda em sua conduta, bem poderiam ter exigido sua execução. Você foi poupado. Deixe-me perguntar-lhe por quê. Foi porque essa misericórdia o visitou, essa graça renovou sua alma? Você constatou que foi o que se deu com você?

A graça soberana o venceu, destruiu os preconceitos, desgelou seu coração glacial, fez em pedaços sua vontade empedernida? Pecador, lembrando as vezes em que você ficou de resto, você foi poupado para que fosse salvo com grande salvação? E se você não pode dizer sim a esta pergunta, permita-me perguntar-lhe se ainda não pode. Amigo, por que Deus o poupou por tanto tempo, quando você ainda era inimigo dEle, um estranho para Ele e muito distante dEle pelas más obras? Ou, pelo contrário, Ele o poupou — tremo com a mera menção da possibilidade. Ele prolongou seus dias para desenvolver suas propensões a fim de que você ficasse mais maduro para a condenação, enchesse a medida de sua flagrante iniqüidade e fosse lançado no inferno, um pecador murcho e seco, como lenha pronta para o fogo? Sua vida encontra-se em tal situação? Esses momentos poupados se deteriorarão através de más condutas, ou serão entregues ao arrependimento e à oração? Antes que o último dos sóis se ponha em trevas perpétuas para você, você olhará para Ele agora? Neste caso, você terá razão de bendizer a Deus por toda a eternidade porque você ficou de resto, porque você ficou de resto para que ainda buscasse e ainda o encontrasse, aquEle que é o Salvador dos pecadores.

Será que entre muitos de vocês a quem falo não são cristãos, e vocês, também, não ficaram de resto? Quando santos melhores que você foram arrancados dos vínculos terrenos de laços familiares, quando estrelas mais luminosas que você foram enviadas pela noite, você ainda teve a permissão de brilhar com seu pobre e tremeluzente raio? Por que, grande Deus?
Por que eu fiquei de resto? Vou fazer essa pergunta para mim mesmo. Ao me poupar por tanto tempo, meu Senhor, tu não tens algo mais para eu fazer? Não há um propósito até agora não concebido em minha alma, o qual tu irás me indicar, para cuja execução tu ainda me darás graça e força e ainda me pouparás por mais um pouco de tempo? Ainda sou imortal ou protegido ao menos de toda seta de morte, porque meu trabalho está incompleto? A história dos meus anos foi prolongada porque toda a história das tabuinhas1 ainda não se completou? Então mostre-me o que tu tens para eu fazer. Visto que fiquei de resto, ajuda-me a que eu me sinta como alguém especialmente consagrado, deixado para um propósito.
Guardado para um fim, de outro modo eu teria tido vermes, virado comida há muito tempo e meu corpo esmigalhado de volta à terra mãe. Cristão, sempre faça esta pergunta para si mesmo; mas faça sobretudo quando em tempos de doença e mortalidade incomuns você é poupado. Se fiquei de resto, por que foi? Por que não fui levado para casa no céu? Por que não entrei em meu descanso? Grande Deus e Senhor, mostra-me o que tu tens para eu fazer, e dá-me graça e força para fazê-lo.
Mudemos o retrospecto por um momento e olhemos a misericórdia poupadora de Deus sob outra luz. "Eu fiquei de resto". Alguns aqui presentes, cuja história eu sei bem, podem afirmar: "Eu fiquei de resto", e dizê-lo com ênfase peculiar. Você nasceu de pais descrentes; as primeiras palavras de que você se lembra eram vis e blasfemas, muito ruins para repetirmos. Você se lembra de quanto estava poluído o ar que seus pulmões infantis sorveram em sua primeira respiração — o ar do vício, do pecado e da iniqüidade. Vocês cresceram, você e seus irmãos e irmãs, lado a lado; vocês encheram a casa de pecado, prosseguiram em seus delitos juvenis e incentivavam-se uns aos outros a hábitos ruins. Assim você cresceu para a humanidade, e depois foi atado em laços de obliqüidade como também em laços de consangüinidade. Você aumentou as opções; fez novas associações À medida que seu círculo familiar aumentava, assim aumentava a notoriedade de sua conduta. Vocês todos conspiraram para transgredir o sábado; você engendrou a mesma artimanha e perpetrou as mesmas impropriedades.

Talvez você recorde o tempo em que sempre que os apelos de domingo eram feitos, uma zombaria à santidade era expressa diante do convite. Você se lembra de como um e outro de seus antigos companheiros morreu; você os acompanhou até o sepulcro e sua alegria foi retida por um pouco, mas logo irrompeu novamente. Então uma irmã morreu, consumida pela infidelidade; depois um irmão foi levado; ele não tinha esperança na morte; tudo era trevas e desespero para ele. E assim, pecador, você sobreviveu a todos os seus companheiros. Se você está inclinado a ir para o inferno, tem de ir para lá por um caminho trilhado; um caminho que, quando você olha para trás e vê o que já percorreu, está manchado de sangue.
Você se lembra de como tudo era antes de você ter ido para a casa longínqua em trevas espessas, sem vislumbre ou raio de alegria? E agora você ficou de resto, pecador; e, santificado seja Deus, talvez você diga: "Sim, não só fiquei de resto, mas estou aqui na casa de oração; e se conheço meu coração, não há nada que eu odeie tanto quanto viver a vida que eu tinha.
Aqui estou, e nunca acreditei que um dia estaria aqui. Olho para trás com profundo lamento por aqueles que já partiram; mas ainda que os lamente, expresso minha gratidão a Deus por eu não estar em tormentos; não no inferno, mas ainda aqui; não somente aqui, mas tendo esperança de que um dia verei a face de Cristo e ficarei entre mundos flamejantes revestido com sua justiça e guardado por seu amor".

Você ficou de resto, e o que você deve dizer? Você deve se jactar? Não; seja duplamente humilde. Você deve tomar a honra para si? Não; ponha a coroa na cabeça da graça livre, rica e imerecida. E o que você deve fazer acima de todos os outros homens? Você deve se empenhar duplamente em servir a Cristo. Assim como você serviu o Diabo resolutamente, até que chegou a servi-lo exclusivamente, e todos os seus amigos morreram, pela graça divina empenhe-se por Cristo — para segui-lo, ainda que o mundo inteiro o menospreze, e continuar até ao fim, até, se todo mestre se apostatar, que seja dito acerca de você no final: "Ele ficou de resto. Só ficou ele em pecado enquanto seus companheiros morreram todos, e então só ele ficou em Cristo quando seus amigos o abandonaram". Isto sempre deve ser dito acerca de você: "Ele ficou de resto".

Isto também sugere mais uma forma do mesmo retrospecto. Que providência especial cuidou de nós e guardou nossas estruturas fracas! Entre vocês há, em particular, os que ficaram de resto numa idade que, se você olhar para os dias da mocidade, evocará muito mais parentes na tumba do que no mundo — mais debaixo da terra do que sobre ela.
Em seus sonhos, você é companheiro dos mortos. Contudo você ficou de resto. Protegido entre mil perigos da infância, guardado na mocidade, guiado com segurança acima dos baixios e areias movediças da imaturidade, acima das pedras e recifes da maturidade, você chegou além do período regular da vida mortal e ainda está aqui- Setenta anos exposto à morte perpétua, e ainda guardado até que chegue, talvez, quase aos oitenta anos.
Você ficou de resto, meu querido irmão, mas por quê? Por que todos os irmãos e irmãs já partiram? Por que os antigos companheiros de escola foram se reduzindo em número? Você não se lembra de ninguém, que hoje esteja vivo, que tenha sido seu amigo na mocidade. Como é que você, que viveu em certo período há tanto tempo, vê novos nomes em todas as portas de lojas, novos rostos nas mas e tudo novo em relação ao que viu outrora nos dias da sua mocidade? Por que você foi poupado? Você não é convertido? Você é mulher não convertida? Você foi poupado para que fim? É para que você seja salvo na undécima hora — que Deus o conceda, ou você foi poupado até que tivesse pecado até às mais baixas profundezas do
inferno, a fim de que vá para lá como o mais exasperado pecador por causa de repetidas advertências que foram todas negligenciadas — você foi poupado para isso, ou foi para que seja salvo? Mas você é cristão? Então não é difícil responder a pergunta: Por que você foi poupado?
Eu não creio que haja uma mulher idosa na terra, vivendo na cabana mais obscura da Inglaterra e sentada esta mesma noite no escuro, com falta de vela, sem ter meios para comprar outra — eu não creio que essa senhora idosa seja mantida fora do céu por cinco minutos a menos que Deus tivesse algo para ela fazer na terra; e não acho que os velhos sejam preservados aqui a menos que houvesse algo para eles fazerem .
Conte, conte, você, homem idoso; conte a história dessa graça preservadora que o guardou até aqui. Conte a seus filhos e netos que é em Deus que você confia. Levante-se como patriarca venerável e conte como Ele o livrou em seis dificuldades diferentes, e em sete nenhum mal o tocou. Preste às gerações futuras o testemunho fiel de que a palavra que Ele disse é verdadeira e que a promessa que Ele fez não pode falhar.
Apóie-se em seu bordão e diga antes de morrer no meio de sua família: "Nem uma só palavra caiu de todas as boas palavras que falou de vós o Senhor, vosso Deus" (Js 23.14). Que seus dias maduros produzam um testemunho jovial do amor de Deus; e à medida que você for avançando em anos, seja cada vez mais avançado em conhecimento e na convicção confirmada da imutabilidade do seu conselho, da veracidade do seu juramento, da preciosidade do seu sangue e da certeza da salvação de todos os que puseram a confiança nEle. Então saberemos que você foi poupado para um propósito sublime e nobre. Você dirá com lágrimas de gratidão e o ouviremos com sorrisos de alegria: "Eu fiquei de resto".


2. Tenho de sugerir estes retrospectos em vez de segui-los, embora, permita o tempo, aumentemos bem abundantemente, e portanto, devo me apressar em convidá-lo para um prospecto. "Ficando eu de, resto".
Você e eu logo passaremos deste mundo para outro. Esta vida é apenas uma balsa; estamos sendo transportados, e em breve chegaremos à verdadeira margem, a verdadeira terra firme, pois aqui não há nada que seja significativo. Quando entrarmos no mundo vindouro, teremos de esperar uma ressurreição para breve — uma ressurreição dos justos e dos injustos; e nesse dia solene devemos esperar que tudo o que habita a face da terra venha a ser reunido em um lugar. E Ele virá, aquEle que outrora viera para sofrer: “[Ele] vem a julgar a terra; com justiça julgará o mundo e o povo, com eqüidade" (SI 98.9). AquEle que veio como criança virá como o Infinito.
AquEle que foi deitado envolto em faixas virá cingido com cinto de ouro, com grinalda de arco-íris e vestes de tempestade. Lá, todos seremos uma multidão inumerável; a terra será coroada desde o mais profundo leito do vale até o ápice da montanha, e as ondas do mar se tornarão o lugar permanente e sólido para os homens e mulheres que dormiram sob suas torrentes. Então todo olho se fixará nEle, todo ouvido estará aberto para Ele e todo coração observará com temor solene e expectativa temerosa as realizações daquele que será o maior de todos os dias, aquele dia de dias, aquele sinete das eras, quando será consumada a dispensação. Em pompa solene, entra o Salvador e seus anjos com Ele. Você ouve a voz quando Ele brada: "Colhei primeiro o joio e atai-o em molhos para o queimar" (Mt 13-30).
Veja os ceifeiros, como vêm com asas de fogo! Veja como pegam foices afiadas, que por muito tempo foram aguçadas na pedra de moinho da longanimidade de Deus, mas que finalmente ficaram afiadas. Você os vê se aproximando? E lá estão eles ceifando uma nação com as foices. Os idolatras vis caíram agora mesmo, e ali uns blasfemadores conhecidos foram esmagados debaixo dos pés dos ceifeiros, Veja um bando de bêbedos sendo levado sobre os ombros dos ceifeiros para o grande fogo ardente.
Veja em outro lugar o libertino, o adúltero, o impudico amarrados em feixes — feixes cujos vimes nunca se arrebentarão — e serem lançados no fogo, como brilham nos tormentos indescritíveis daquele abismo; e eu fiquei de resto? Grande Deus, estarei envolto somente na sua justiça, a justiça daquele que pôs meu Juiz aprumado no tribunal? Quando os ímpios clamarem: "Pedras, escondem-nos; montes, caiam sobre nós", estes olhos observarão, esta face ousará virar-se para a face daquEle que se assenta no trono? Estarei tranqüilo e impassível em meio ao terror e consternação universal? Serei contado com a multidão de santos que, vestidos de linho branco que é a justiça dos santos, esperarão o impacto, verão os ímpios lançados na destruição e se sentirão seguros? Será assim, ou serei amarrado num feixe para queimar e varrido para sempre pelo sopro das narinas de Deus, como a palha lançada ao vento? Tem de ser um ou outro; qual será? Posso responder essa pergunta? Posso falar? Posso falar — falar agora —, pois tenho neste mesmo capítulo aquilo que me ensina como julgar a mim mesmo.
Aqueles que são preservados têm a marca na testa, e possuem um caráter como também uma marca, e o caráter é: eles suspiram e choram por todas as abominações dos ímpios. Se eu odeio o pecado, e se eu suspiro porque outros o amam — se eu choro porque por fraqueza caí — se o meu pecado e o pecado dos outros me são fonte constante de tristeza e vexação de espírito, então tenho a marca e a evidência daqueles que nem suspirarão nem chorarão no mundo por vir, pois a tristeza e o suspiro fugirão? Tenho hoje a marca do sangue em minha fronte? Dize, minha alma, tu puseste a fé só em Jesus Cristo, e, como fruto da fé, tua fé aprendeu a amar, não só aquEle que te salvou, mas também os outros que ainda não estão salvos? E suspiro e choro por dentro, enquanto trago por fora a marca de sangue? Venha, irmã, irmão, responda por si mesmo, eu lhe exorto; exorto-lhe a agir assim pela terra cambaleante e pelos pilares arruinados do céu. que seguramente tremerão. Eu lhe peço pelo querubim e serafim que estarão diante do trono do grande Juiz; pelos raios ardentes que iluminarão a espessa escuridão, deixarão o sol maravilhado e transformarão a lua em sangue; por aquEle cuja língua é como chamejante espada de fogo; por aquEle que o julgará, o provará, lera seu coração, declarará seus caminhos e lhe dará sua porção eterna.
Eu o exorto, pela certeza da morte, pela caução do julgamento, pelas glórias do céu, pelas solenidades do inferno — rogo, imploro, suplico, peço —, faça agora a si mesmo estas perguntas: "Eu ficarei de resto? Eu creio em Cristo? Eu nasci de novo? Eu tenho um coração novo e um espírito reto? Ou, ainda sou o que sempre fui — inimigo de Deus, desdenhador de Cristo, amaldiçoado pela Lei, expulso do Evangelho, sem Deus e sem esperança, estranho para a comunidade de Israel?" Não consigo lhe falar com tanta seriedade quanto falaria com Deus. Quero, com isso, lançar esta pergunta em seus próprios lombos e incitar os pensamentos mais profundos do coração. Pecador, o que será de você quando Deus o cirandar como a palha do trigo? Qual será sua porção? Você que está de pé no corredor, qual será sua porção; você que está no meio dessa aglomeração, qual será sua porção, quando Ele voltar e nada escapar dos seus olhos?
Diga-me, você o ouvirá? Diga-me, e as cordas do seu coração arrebentarão no momento em que Ele proferir o som trovejante: "Apartai-vos, malditos"; ou será sua porção feliz — a sua alma transportada todo esse tempo com felicidade indizível: "Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo" (Mt 25.34)? Nosso texto convida um prospecto. Peço que você o considere, olhe o fluxo estreito da morte e diga: "Eu ficarei de resto?"
Quando tu, meu justo Juiz, vieres
Levar para Casa teu povo resgatado.
Estarei eu entre eles?
Este verme desprezível que sou,
Que às vezes tem medo de morrer,
Será achado à tua mão direita?

3.
Mas agora chegamos a um contraste terrível, que penso nos permitir o texto: "Ficando eu de resto". Haverá alguns que não ficarão de resto no sentido em que temos falado e, não obstante, ficarão de outra maneira mais horrível. Eles ficarão por misericórdia, abandonados pela esperança, entregues pelos amigos e tornar-se-ão presa da fúria implacável, da severidade súbita, infinita e não mitigada e da justiça de um Deus irado. Mas eles não ficarão isentos de julgamento, pois a espada os achará, as taças de Jeová lhes alcançarão os corações. E esse zelo, cuja pilha é madeira, e muita fumaça os devorará súbita e irremediavelmente.
Pecador, você ficará de fora. Digo que você ficará de fora de todas as alegrias afetuosas que hoje você adota — fora daquele orgulho que agora lhe robustece o coração; você será bastante humilhado. Você ficará de fora daquela estrutura de ferro que hoje repele o dardo da morte. Você ficará sem os amigos e companheiros que o atraem ao pecado e o endurecem na iniqüidade. Você ficará sem a sua fantasia agradável e a graça alegre que mofa as verdades da Bíblia e escarnece das solenidades divinas. Você ficará sem nenhuma das suas esperanças animadas e de todas as suas delícias imaginárias. Você ficará sem o anjo doce, a Esperança, que nunca abandona ninguém senão os que são condenados ao inferno. Você ficará sem o Espírito de Deus que hoje, por vezes, pleiteia com você. Você ficará sem Jesus Cristo, cujo Evangelho foi pregado com muita freqüência em seus ouvidos. Você ficará sem Deus Pai; Ele fechará os olhos da piedade contra você, suas entranhas de compaixão nunca mais anelarão por você; nem seu coração dará atenção aos seus gritos. Você ficará de fora; mas, repito, você não ficará como alguém que escapou, pois quando a terra se abrir para engolir os ímpios, ela se abrirá debaixo dos seus pés e o tragará.

Quando o raio reluzente vier perseguir o espírito que entra no inferno, ele o perseguirá, o alcançará e o achará. Quando Deus fizer os ímpios em pedaços e não houver ninguém que os livre, Ele fará você em pedaços, Ele lhe será como fogo consumidor, sua consciência estará cheia de fel, seu coração impregnado de amargura, seus dentes serão quebrados até com pedras miúdas, suas esperanças estraçalhadas com seus raios e todas as suas alegrias fenecidas e destruídas com o seu sopro. Pecador descuidado, pecador furioso, você que agora está se arremessando para baixo a caminho da destruição, por que bancar o louco a esse nível? Há maneiras mais em conta para rir-se de si mesmo. Bata a cabeça contra a parede; faça uns rabiscos e, como Davi, deixe a saliva escorrer pela barba, mas não permita que seu pecado caia em sua consciência e não admita que seu desdém por Cristo seja como pedra de moinho posta no pescoço, com a qual você será lançado no mar para sempre. Seja sábio, eu lhe peço.
Senhor, faze o pecador sábio; cala sua loucura por algum tempo; deixa-o sóbrio para ouvir a voz da razão; deixa-o em silêncio para ouvir a voz da consciência, deixa-o ser obediente para ouvir a voz das Escrituras. "Portanto, assim te farei, ó Israel! E porque isso te farei. prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus" (Am 4.12). Israel, "ordena a tua casa. porque morrerás e não viverás" (2 Rs 20.1).

"Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa" (At 16.31). Sinto que tenho uma mensagem hoje à noite para alguém. Embora possa haver os que pensam que o sermão não é apropriado para uma congregação onde há tão grande proporção de homens e mulheres convertidos, contudo que grande porção de descrentes temos aqui também!
Eu sei que você veio, muitos de vocês, para ouvir alguma história engraçada ou identificar um discurso estranho e extravagante de alguém que você reputa ser excêntrico. Ele é excêntrico e espera continuar assim até que morra; mas é excêntrico sendo sério e desejando ganhar almas.
Pobre pecador, não há conto estranho que eu não contasse se achasse que seria bênção para você. Não há linguagem grotesca que eu não usasse, por mais que me fosse atirado de volta, se eu julgasse que lhe seria útil. Não tenho em vista ser conhecido como bom orador; os que usam de linguagem rebuscada moram nos palácios do rei. Eu falo com você como alguém que sabe que não tem de prestar contas a nenhum homem, senão a Deus; como alguém que terá de prestar contas de si mesmo no último grande dia.
E peço-lhe que você não fale sobre isto e aquilo que observou no meu linguajar. Pense apenas sobre isto: "Eu ficarei de resto? Serei salvo? Serei arrebatado para habitar com Cristo no céu? Ou serei lançado no inferno para sempre e sempre?" Reflita a respeito destas coisas. Pense seriamente sobre elas. Ouça a voz que diz: “O que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora" (Jo 6.37). Dê atenção à voz que repreende: "Vinde, então, e argüi-me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã" (Is 1.18). Como sua vida será poupada quando os ímpios são julgados? Onde mais você achará abrigo quando a tempestade da ira divina rugir? Onde mais você estará senão na porção dos justos no fim dos dias?



Sermão

 "Acaso andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" AMÓS 3:3
(REV. CHARLES G. FINNEY)

 TROY, N.Y.  - 1827
 PUBLICADO POR TUTTLE AND RICHARDS

  
Amós 3. "Acaso andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?"
 Nas Escrituras Sagradas, nós com muita frequência achamos um tom negativo seguido dum ponto de interrogação. Esta frase é um desses casos. Devemos deduzir daqui que o profeta insinua que dois nunca andarão juntos a menos que estejam de comum acordo naquilo que fazem.

Para que duas pessoas estejam de pleno acordo uma com a outra, implica muito mais que estar de acordo em teoria, em compreensão mútua; Não poucas vezes vemos pessoas estarem de acordo em teoria, mas que nas suas práticas divergem imensamente e estão em desacordo de princípio e sentimento. As suas compreensões podem vir a abraçar as mesmas verdades, mesmo estando seus corações diferenciadamente afectados pelas mesmas. Santos e pecadores ímpios com muita frequência abraçam os mesmos credos em toda a teoria, enquanto nos é de todo evidente que diferem largamente em sentimento e na prática dos mesmos.

Temos razões para vir a crer que anjos e demónios apreendem as mesmas verdades sobre os mesmos assuntos intelectualmente, mas que no entanto estas os afecta muito distintamente.
Estes efeitos muito distintos, produzidos em mentes diferentes através das mesmas verdades, devem-se o estado distinto dos sentimentos e do parecer de seus próprios corações em indivíduos distintos e diferenciados. Noutras palavras, a diferença de efeito, consiste simplesmente na forma como a pessoa recebe para ele essas mesmas verdades, ou as sente ao contemplá-las de facto. Observamos também e vemos acontecer que, as mesmas coisas e as mesmas verdades afectarão a mesma mente diferenciadamente em ocasiões distintas. Isto deve-se, também, ao estado de espírito em que se acha quem ouve as mesmas coisas por alturas e com afeições distintas. Ou melhor, esta diferença consiste na maneira diferenciada na qual a mente se encontra a dados momentos. Todo o prazer e dor, a miséria e a felicidade, terão seu dizer e parecer devidamente formulado quando ouvem as mesmas coisas. Toda a satisfação e insatisfação, dor ou prazer, que sentimos ao vermos a verdade ou outra coisa qualquer que nos seja apresentada ao pensamento, dependem inteiramente do estado de espírito no qual se encontram nossas mentes em dados momentos, consistindo os mesmos apenas nessa sujeição aos afectos e emoções do momento, condicionado emocionalmente, escravizado e dependente de quem ouve quando ouve. Quanto maiores e mais emotivos vierem a ser estes tons de sentimento, mais estas verdades serão colocadas de forma relevante à nossa percepção e maior será nosso prazer perante as mesmas coisas. Mas caso as mesmas verdades não caiam bem ao parecer presente dessas mesmas condicionantes emotivas, elas nunca nos satisfarão em dado momento. Se estes forem contra o nosso estado de aceitação dum dado momento e caso recusemos mudar e transformar os nossos pareceres sentimentais sobre esses mesmos assuntos, olharemos para os mesmos através da nossa indiferença, ou desgosto caso as nossas afeições contribuam para uma assimilação contrária àquilo que se pretende. Se houver persistência nessa apresentação, pode dar-se uma certa forma de resistência clara também, frontal e erudita, caso nossos pareceres sejam confrontados e contrariados abertamente. É claro que defenderemos ou recusaremos certos assuntos abertamente, conforme estiverem nossos corações.
 Nós não apenas nos desinteressamos ou desaprovamos e desgostamos de certos aspectos de certos assuntos que nos são apresentados, os quais nos conferem certos pareceres emotivos de pronto, engolindo-nos junto com o que sentimos ou não queremos sentir sobre esse mesmo assunto, mas também, caso essa mesma coisa nos seja apresentada de forma a passar muito para além ou aquém do nosso próprio parecer e estado de espírito real, as nossas condicionantes emotivas permanecerão intocáveis e caso se persista em ser pontiagudo sobre certos pareceres, as pessoas ou se desinteressarão ou se irritarão contra os mesmos de pronto. Se o assunto exibido estiver fora do contexto de luz que possamos ter em dado momento, os nossos tons sentimentais nunca se alistarão com eles. E caso os assuntos sejam frios e para nós de certa forma repugnantes quando apresentados ao raciocínio daquele momento, se mantivermos estes afectos em alto tom de discordância, nosso coração sente que não será alimentado, mas obstruído. Se todos os assuntos forem apresentados acima ou abaixo do mundo sentimental que nos afecta em dado momento, nossos afectos mastigam-no, tentando manifestar-se, muitas vezes descontroladamente, a menos que se desinteressem por completo deles. Se for o caso de estarmos em estado entusiástico em dado momento sobre dados assuntos, estaremos inseguros caso a verdade nos seja apresentada friamente; se estivermos frios e nos for apresentada calorosamente, teremos também uma mesma reacção adversa. Apreciamos ou depreciamos, participamos ou recusamos participar quando a temperatura de todo o decurso das coisas vier a ser distinto do nosso.
 Estas são as verdades a que a experiência de qualquer homem dará testemunho, as quais ocorrem dentro de quaisquer parâmetros, mediante qualquer circunstância. Estas verdades são inerentes dentro da própria natureza do homem. Apresente a um ardente político o seu assunto preferido através da sua luz favorita e assim que lhe tiver sido ganho afectivamente, forneça um toque de elegância e eloquência às suas palavras, faça com que elas lhe queimem os instintos e o ardor de sua mente e ele se deleitará imensamente consigo. Mas em seguida, tente mudar o seu tom caprichosamente, permita que sua fogosidade se esfrie, coloque ainda a sua questão favorita através duma luz mais medonha e verá logo que ele perde interesse em ouvi-lo por mais um instante, tornando-se mesmo inquieto e sobre brasas, caso sinta aquela necessidade de agradar pessoas e de se agradar a si mesmo. Mas logo, introduza a morte e o assunto duma condenação eterna e ele se chocará imensamente. Se o pressionar muito, ele se ofenderá e sairá desgostoso dali.
 Esta perda de interesse nos seus assuntos favoritos, é a consequência natural de se haver retirado perante a mente aquela fogosidade que arde nele, de forma a deitar água fria sobre seus afectos quentes ainda. Um homem ou mulher ressente-se e sente-se desgostoso sobre a maneira conforme se lida com seu assunto preferido, pois apresenta-se algo de forma a que seus sentimentos actuais não corroboram de maneira nenhuma. A menos que escolha mudar seu sentir quando você lhe muda o assunto ou a forma de o apresentar, ele não terá opção senão a de desgostar-se com toda aquela situação medonha para ele.
 Um qualquer músico requintado ouve atentamente em ruptura sentimental e harmoniosa cada nota duma sinfonia que lhe agrade ao ouvido. Mas coloque ali umas notas fora de lugar, distorça um pouco o som e verá as suas feições transfigurarem-se como se estivesse em dor por um momento. Se aumentar a discórdia de notas e a dissonância da peça musical, logo ele tratará de abandonar o local desgostoso e profundamente irritado. Suponhamos que gosta de música apenas, mas que se encontra num estado de espírito melancólico e profundo; que está em grande aflição mesmo; que está prestes a dedicar-se ao choro; logo, a melodia duma harpa será como algo sublime sobre seu ouvido e seu coração se derreterá, suas lágrimas fluirão muito e rapidamente. Mas agora começam a soar as baterias e os tambores e passos de dança barulhentos e seus ouvidos se ressentem disso porque a melodia da harpa foi ofuscada com algo que ele não desejava ouvir. Que faz: Entope seus ouvidos enterrando seus dedos neles e sai dali desgostoso sem vacilar sequer! A harpa retocou-lhe um ponto enternecido do seu coração, caiu bem ao seu sentir. Por essa razão se sentiu gratificado e plenamente satisfeito e tocado. Mas aquela música martirizante ofendeu-o estonteantemente. Seu estado de espírito estava melancólico demais para ter porque suportar tal coisa que considerou como uma agressão.
 Suponhamos agora por um momento que seu coração brilha e reflecte sentimentos religiosos profundos e que neste preciso momento está inteiramente contrário à introdução de outro assunto e seu estado de espírito está longe de aceitar sentir algo sobre qualquer outra coisa. Suponha também que ouve um homem frio e perdido orar perto de si. Enquanto ele estiver frio e insensivelmente hipócrita, você acha-se quente e enternecido sobre o assunto de Cristo e não se acha na onda sonora de tudo quanto lhe vem ao ouvido. Sente-se logo fora de comunhão com aquela oração, mesmo que esta ditasse as mesmas palavras que você oraria naquele momento, só que através de outro coração. É de esperar que se sinta desgostado com aquela frieza toda. Suponha que, como Paulo, você revela e manifesta "grande tristeza e incessante dor no seu coração", Rom 9:2 pelos pecadores que se encontram em perdição à sua volta; que "o Espírito o ajuda na fraqueza; não sabendo como pedir como convém, tendo o Espírito mesmo a interceder em si por si com gemidos inexprimíveis", Rom 8:26. Neste estado de espírito, você ouve alguém orando, mas nunca menciona em toda a sua oração a salvação desses mesmos pecadores perdidos; passa a ouvir um ministro da palavra que não faz alusão ao facto sequer, o qual lida com o assunto de forma desprovida de sentimentos de amor e misericórdia, intercedendo diante de Deus. É apenas de esperar que se desinteresse e se desligue sentimentalmente e abruptamente desse estado de coisas. Mas suponhamos que é um homem morno e ouve alguém que prega conforme a verdade, cheio de amor em sua voz, pronto a exortar e a clamar ao arrependimento e de seguida ora intercedendo e derramando todo o seu coração diante de Deus! Caso segure ainda seus pecados, seu sentimento não se pronunciará sobre aquela beleza toda. Se através de orgulho e obstinação, amor ao mundo e afeição ao mundo carnal se prevenir de ouvir que está errado e perdido, é obvio que se recusa a definir sua vida mediante o assunto que lhe soa inconveniente mesmo que admita que cada palavra ali pronunciada seja pura e que seu coração ateste à verdade produzida ali diante de seus olhos. Mas acha logo que a pessoa em questão se encontra muitos graus acima da temperatura que devia estar, orando e falando com todo seu coração de forma erudita e sinceramente enternecedora. Logo se irrita que aquele homem fale assim de todo coração e naquele tom, fazendo-o a si estremecer e temer que tudo quanto diz é verdade. Quanto mais real for e parecer ser o tom de sua voz, mais ele será desprezado e pouco atraente a seu parecer e olhar. Quanto mais ele insistir, tanto mais desligado e mais afastado se sentirá daquele discurso. Quanto mais certo ele estiver, tanto mais oposição e engano o irão dominar a nível de sentimento.
 Aqui, em ambos os casos, aqueles cujas afeições sentimentais convergem para uma comunhão e um entendimento pela sintonia, tanto com aquele que ora como com o que fala, nunca se sentirão perturbados, mas antes agradados com o desenrolar das coisas. Aqueles que estão num estado de espírito morno e desprezível, estarão em sintonia com o homem frio e dirão mesmo que "falou muito bem! Bom discurso!" O seu prazer será pequeno, pois as suas afeições são de calibre baixo e medíocre, mas estarão agradados com toda aquela situação. Aqueles que nem algo sentem em dado momento, ou se acham amargurados com outros assuntos que não foram tocados ali, é óbvio que nem se sentirão tocados e levados nem por um nem por outro, criticando tanto um como o outro, mesmo usando da verdade que sabem existir contra o homem morno e deslavado e da mentira contra que está bem com Deus. Porém, todos quantos se envolvem emocionalmente com aquele homem ardente e fogoso em sentimento genuíno, mostrarão interesse em cada palavra sua. Serão elevados ao tom de quem eleva e subjugados ao tom de quem subjuga. Se o homem for genuíno e quente, quando ele estiver ao rubro, todos estes passarão pelo mesmo, pois viverão aquilo que ouvem. Mas a mente carnal e os que estão frios, nunca permitirão que seus sentimentos subam e sentem-se necessariamente perturbados e ofendidos com todo aquele fogo.
 Levando em conta estas observações, podemos apreender e deduzir o seguinte:
 Em primeiro lugar, porque certas pessoas muitas vezes pertencendo a credos diferentes em teoria e em doutrina sacramental, estarão muitas vezes se entendendo e se acordando, andando juntos durante um certo percurso em toda a harmonia e afeição. Será tão só porque sentem o mesmo e com a mesma intensidade. As suas "diferenças" nem são levadas em linha de conta, pois nem estão para estar conscientes delas! Caindo no agrado uns dos outros, nem se assimilarão que tem diferenças doutrinárias, pois andam juntas porque seus corações concordam entre si e estão em sintonia na própria batida e no ritmo com que batem.
De novo: podemos verificar porque razão muitos recém-convertidos adoram estar juntos, associando-se uns com os outros mesmo sem ser necessário reunir esforços para juntá-los. Eles sentem o mesmo, passam pelo mesmo e serão dum mesmo coração comum. Eles andam juntos porque sentem o mesmo.
Uma vez mais: vemos porque razão, também, os mornos que professam a fé e os pecadores tornados impacientes pelos seus pecados, têm um mesmo desagrado mútuo quando existem avivamentos religiosos e estes sejam reais. Não será com pouca frequência que os ouvimos queixarem-se contra os módulos das pregações, contra o jeito de pregar e de orar, para não objectarem contra a Bíblia em si. As suas objecções serão sempre o de descobrir erro com tudo quanto se desenrola por ali e orroboram-se entre argumentos, tornando-os mesmo comuns se for caso para isso e se o sentimento contrariante estiver em alta e em franco desenvolvimento comum. Os argumentos que arranjam serão sempre para suportarem as suas objecções. A razão para isso se estar a dar, será porque aquilo que sentem é quase sempre comum. É o fogo que está no ar que compromete o seu gelo, pois derrete-se com calor. Por essa razão, mesmo que as pessoas sejam teimosas e diferenciadas, andarão juntas porque seus sentimentos concordam e estão em conluio e em pleno contra uma mesma coisa.
 Também: entendemos a razão porque muitos crentes e ministros mesmo, com alguma frequência, objectam contra aquilo que chamam de "novos métodos", opondo-se sempre a uma obra real com argumentos e porque razão estarão em sintonia com muita frequência com os ímpios, sendo pregadores. O facto é que, havendo chegado de lugares onde nunca experimentaram qualquer cena de avivamento, nem a nível pessoal, nem a nível experimental, com frequência se sentem lesados e constrangidos (compungidos mesmo), por causa do calor e da veracidade daquilo que vêem sair da Bíblia. Tanto as orações, como as pregações e as conversações em tempo real, estão muitos graus acima da sua própria temperatura. Muitas vezes, prejuízos por estarem e se acharem sedeados em diferentes denominações e credos, nunca são levados em conta, para que se possam opor a quem prega a partir dum coração purificado, ou contra quem está em estado de espírito de o ouvir, tendo um mesmo sentimento de orgulho em comum, a mesma inveja, o mesmo desejo para com as coisas do mundo ou algo parecido, colocando seus sentimentos em cadeia e em sintonia forçada para se tabelarem e elevarem contra uma obra que consideram sempre uma agressão, mesmo quando ninguém lhes direccionou qualquer palavra. Envolvem-se, mesmo sem estarem envolvidos, sem que ninguém haja feito algo para os envolver directamente em tudo quanto se faz por ali. Não entram na sintonia, no espírito de toda a obra e têm um mesmo covil.
 Enquanto seus corações forem e estiverem vivendo do erro, eles seguramente se entrincheirarão contra qualquer coisa e andarão milhas para se envolverem em algo que nem lhes diz respeito. E quanto mais certo estiver o estado das coisas, quanto mais acertado e concertado puder vir a ser toda a onda de avivamento comum a todos, quanto mais espontâneo vier a ser o movimento, mais desagradados se sentirão e maior sintonia existirá entre opositores, mesmo que estes antes tivessem diferenças de estrutura entre eles próprios, pois suas diferenças acharam tanto consenso, como um certo inimigo comum. O erro junta e une saduceus com fariseus quando a verdade implica com suas consciências &endash; é uma luta interior comum que os move, pois seu sentir é pesado. Não quero aqui justificar os ímpios quando estes se unem "contra o Seu ungido e os príncipes juntos conspiram contra o Senhor" Sal.2:2, parecendo estar em apoio a quem se arremete contra os avivamentos. Nem tão pouco pretendo fazer passar a ideia de que, dentro de tudo quanto fazem, haja algo de bom ou de certo, quando são ofensivos. Sabemos mesmo que muitas coisas poderão existir, muitas razões que apoiem este estado de coisas, que são de lamentar, os quais devem antes ser analisados e corrigidos através de cuidados acrescidos. Mas mantendo toda a verdade fora da polémica deles no que toca a nossa parte, estando seus corações errados, qualquer coisa que venha criticar será sempre muito bem recebida porque é esse o seu estado de espírito &endash; o do confronto. Enquanto o coração permanecer naquele estado de erro e de amargura, tudo que caia lá se contaminará e se tornará egoísta, deturpando todos os motivos logo ali. As melhores características serão sempre as mais ofensivas para com Deus e a verdade. E caso este coração permaneça no erro, se obtiver um rasgo e uma visão de tudo quanto se passa nos céus de bom, sendo essa visão real e saturada de sentimento genuíno e real, seria para eles como se estivessem ouvindo blasfemar e crucificariam por blasfémia. Seus sentimentos seriam assolados com toda a amargura dos infernos e atormentariam todos quantos eles achassem ser os maiores responsáveis pela amarga experiência interior que sentem dentro de si mesmos e lhes é comum a todos. O único remédio que temos para oferecer, será tão só "Arrependei-vos e convertei-vos" e não necessariamente daqueles pecados que estão à mostra apenas. Assim que se houverem arrependido, as coisas certas lhes serão de inteiro agrado e nunca será necessário conquistá-los para se agradarem delas como antes se pensaria fazer.
Podemos assim perceber o que está por detrás de ministros e crentes quando estes se diferenciam da metodologia vivente das medidas de sabedoria que Deus concede a dados momentos para se alcançar certas coisas que Deus em pessoa manifesta e revela. O homem que sente que as coisas eternas lhe estão chegadas ao coração e que vive e convive mediante valores eternos, terá um distinto raciocínio de juízo justo sobre essa metodologia, caso esta seja de facto inspirada em dado momento. E se a metodologia vier a ser diversificada mediante a unção e a celeridade que Deus fornece em lugares distintos de trabalho árduo, mesmo assim seu juízo acerca das coisas, será sempre justo. O homem cujo coração se quebrante instantaneamente pelos pecadores em perdição, achará tais métodos belos e providos de toda a sabedoria e unção de Deus, enquanto que um pecador achará que a oposição é que estará a ser ungida por Deus. Um coração justo e justificado achará mesmo necessário toda aquela ordenação na pregação, sua linguagem plana e específica, pontiaguda como uma lança e achará esses métodos os maiores e os melhores sinais de amor real para com uma raça perdida e carecida voluntariamente de Deus. Falará de toda a obra de Deus de forma afectiva e seu coração se emocionará sempre que alguém se salve, mesmo sendo seu inimigo. Achará também que qualquer recusa à salvação como a coisa mais imprudente e o acto mais criminoso que se pode praticar em toda a terra, enquanto que aqueles que sentem pouco sobre o bem do assunto e do estado das coisas, sentirão que uma recusa daquelas é um acto digno de registo. 
Cada pecador impenitente (mesmo que fale de Deus ou não), vê pouco ou nenhum do perigo que incorre e não aceita esclarecimento sobre o assunto. Satisfará sua alma com vento e através de métodos distintos dos que são aprovados lá em cima, entretendo dentro de si aquelas noções do que é para si a verdadeira sabedoria. Vemos que estas pessoas que alegam ter a tal sabedoria que os distingue de muito outros, que por consequência a praticam conforme muito bem entendem em tempos distintos de aceitação do seu coração. De facto, as noções de um homem imprudente sobre tudo o que é sábio a seu ver, no tocante às medidas que se tomam para se promoverem avivamentos reais de religião, devem depender em muito do estado de espírito e sentimental do seu coração e arredores. O que seria de absoluta prudência e sabedoria para alguns, é uma afronta para outros. O imprudente num seria considerado como algo prudente e sábio por outro e vice-versa. Tudo dependeria do seu estado de espírito em dado momento. Será, em dados momentos, extremamente dificultado formar uma opinião geral a qual se expressa livre e publicamente, quando publicamente se envereda por caminhos de oposição frontal (a qual não é de maneira nenhuma condenada e evitada pela palavra de Deus), sem ser possível evitar penetrar numa certa situação de sentimentos e circunstancias onde tanto o individuo e a comunidade se desviarão do bom senso e da salvação. O agrado a pessoas não deve determinar as nossas acções e nem tão pouco o desagrado. Caso os crentes e os ministros pudessem ter estas coisas sempre em mente, muita coisa que é distintamente falta de amor e desprovido de caridade, tanto em palavras como em certas actuações, seriam evitadas. A censura não elimina a verdade, mas a aceitação e a adopção dum coração verdadeiro, elimina toda a censura. Muita coisa seria evitada que obstrui directamente o caminho da justiça e da verdade quando estas são levadas a cabo por Deus. Bastará tão só nunca entrarmos e encetarmos pela onda das opiniões, nem a favor, nem contra.
De novo: vemos como os crentes mornos e enrijecidos, juntamente com todos pecadores, nunca são tocados e penetrados pelas palavras duma pregação ou oração e duma forma de pregar que soa bem e convenientemente ao ouvido de quem tem um tipo de ouvido que faz qualquer sacrifício para se sentir bem em seu estado selvagem. Tais pregações nunca têm o poder de arrebatar toda a sua atenção e nunca os afecta realmente. Também não os comove nem os demove de virem ouvir. Podemos verificar porque razão, então, num real avivamento promovido e acarinhado por Deus em presença real, os pérfidos e os ímpios se sentem incomodados e perturbados com as palavras planas, directas e bem intencionadas de quantos estejam apenas com um alvo em mente: nunca a glória do homem, mas a salvação e a glorificação de Deus; é dentro dum avivamento que os esfriados e os crentes que nunca se quererão converter, fazem todos os esforços para trazerem e fazerem deslocar até eles pregadores frios e endurecidos &endash; como eles se encontram &endash; e adoram sua forma de pregar, enaltecendo mesmo tudo quanto se faz. Isto revela porque razão, em tempos de avivamento, os crentes mornos e prontos a serem cuspidos da boca de Deus, se queixam e exigem que seu ministro volte aos métodos antigos, anteriores ao avivamento. Gostariam que ele "viesse a ser ele mesmo de novo", dizem. A razão desta ocorrência é clara e sintomática: antes nunca os demolia nem demovia de seus altares e agora compunge-os e perturba seu sono infernal de seus aposentos carnais. 
Assim, podemos aprender a fazer uma estimativa das nossas próprias opiniões e as opiniões de ministros e outros crentes sempre que nossos afectos estejam em maus lençóis. Como é que tal homem ou mulher aprova e em que sentido concorda ou discorda sobre tudo quanto é dito e feito? Qual será também a opinião sobre os métodos usados para alcançar os fins? Inúmeras perguntas e tantas outras questões, são colocadas e respondidas sem que se leve em conta o estado do coração de quem inquire, suas afeições daquele momento. Na grande maioria dos casos, cometemos um grande crime dando muito valor às nossas próprias opiniões, ou às dos outros, se não levarmos em conta que tipos de coisas se passam no coração das pessoas, pois o seu estado de espírito ou o nosso moldam a essência daquilo que vemos e ouvimos. É quase seguro e certo que, caso as emoções se alterem por qualquer motivo, veremos as coisas num outro prisma, alterando a luz que temos sobre esse mesmo assunto. O Presidente Edwards adoptou uma resolução própria de que "ele actuava sobre as coisas quando as via claramente à luz das coisas do evangelho e da religião" (caso não as visse claras, não actuava sobre elas).
Sabemos também que as igrejas são de forma geral impulsionadas para os avivamentos de religião. Mas em todas as igrejas existem tantos hipócritas que, quando estes se dão de facto e não são emoção ou tagarelices apenas, estes hipócritas são confrontados em seu estado de espírito animalesco e sentem-se grandemente perturbados com aquele estado de coisas por se considerarem muito espirituais e desejarem continuar assim. O fogo dentro de certas pessoas incomoda-os ao ponto de se oporem a Deus em pessoa. Mas basta apenas que uma grande parte de crentes genuínos despertem do seu sono infernal para que se tornem altamente contagiantes a nível geral, os quais actuam sobre os sentimentos de quem se acha espiritual e pretende liderar uma oposição que só pode ser activa porque não entendem que se devem despertar também. Ofendem-se com muita facilidade, são enciumados, invejosos e sentem-se sempre repreendidos com qualquer palavra, pois o que os confronta é a vida que vêm e não suportam. Cada passo dos que se despertam são vistos como uma afronta, mesmo que os crentes nem sequer tenham a intenção de os confrontar ou a ideia do que se estará a passar entre eles. A vida de Deus é um confronto para esses, fale-se bem ou mal, para a esquerda ou para a direita, consideram tudo o que fazem como uma cabala e uma afronta pessoal e planeada contra seus pesados sentimentos que encobrem e sonegam todo o tipo de pecados neles mesmos.
O ciúme e a inveja sobem de tom, pois a bênção de Deus é clara sobre quem está bem com Deus e estes prosperam a olhos vistos e quanto mais activos e viventes de forma real e genuína forem os crentes, tanto mais estes hipócritas se sentem confrontados pela versão de nova vida que os fez despertar para uma nova oposição. Os espirituais sobem a escala espiritual e tomam as rédeas da proeminência e bênção, ascendem em santidade (o que os confronta ainda mais), são meigos e compassivos e enquanto sobem a escadaria de Jacob, os opositores descem dela a olhos vistos, o que os leva ou a arrependerem-se eventualmente, ou a tornarem-se cada vez piores para que se veja sua maldade ainda com mais destaque. Esta situação é a vontade de Deus, pois assim os hipócritas se chegam a ver e tomar nota deles próprios &endash; o seu mal se destaca até para eles mesmos. Os crentes, em vez de se sentirem amargurados, devem-se prevenir em maior santidade ainda, sendo ainda mais eficazes, para que seu mal contraste ainda mais. Os crentes devem seguir vivendo suas vidas sem se perturbarem muito por estas manifestações que podem tentar pela amargura, má-língua, entre outras coisas. Os seus sentimentos santos destacam-se porque é a vontade de Deus que assim seja e a menos que os crentes se entreguem à oposição, logo Deus estabelecerá Seu Reino entre todos eles. Mas fica claro que até lá, existirá sempre uma clara divisão entre trevas densas e luz que faz com que os lados distintos nunca mais tenham como e porque andar juntos e concordarem e estarem de acordo. Eles não estão de acordo, mesmo que falem a mesma coisa. Este estado de coisas dentro duma igreja, clama a olhos vistos para uma introspecção de motivos, de vida, de coração em toda a igreja em geral e estes divisionismos que são causados pelo pecado existente que agora não tem mais como se esconder e camuflar pelo avivamento, sairão das suas tocas que entretanto se inundaram de água viva. É de lamentar que exista pecado para que este estado de coisas persista dentro de igrejas que pregam e divulgam um Salvador de todo o pecado. Mas devem ser circunscritos a estas causas, maioritariamente.
Agora vemos porque razão, muitas vezes, os ministros são depostos em avivamentos reais. Acontecerá sem qualquer razão aparente sem que seja culpa desse mesmo ministro, apenas porque os restantes membros da sua igreja nunca entram no mesmo Espírito de avivamento e preferem agarrar seu pecado com as duas mãos. Caso o seu próprio sentir seja posto em fogo ardente e tornado evidente através destas circunstâncias, por Deus e, este ministro, sinta a perdição do seu povo e sinta um afecto especial pela honra de seu Mestre e Senhor e ele tente abrir uma das mãos deles no mínimo, ele sem margem para duvida pressionará com a chama da verdade e os irritará em seus bancos de pecado promíscuo e seu fogo e sua fogosidade a favor do seu Rei e Senhor os irritará, até que se sintam ofendidos ou se convertam logo ali. Se pressentirem o erro dentro de si mesmos, quanto mais irresistível for a sua persuasão e seus meios para o conseguirem, mais ofendidos estes se sentirão. Vemos a razão porque Paulo muitas vezes tinha de abandonar certos lugares de trabalho (por vezes deixando lá alguns de seus colaboradores), achando mesmo necessário fazê-lo. Os estridentes se endureciam de dia para dia, contradizendo as suas palavras e vida real e vivificante, blasfemando incoerentemente e falando mal do caminho com frequência e de preferência diante das multidões que estavam para ouvir o evangelho.
Outro caso pode vir a ocorrer quando são as pessoas que despertam e se tornam vivos e edificantes enquanto seu ministro dorme profundamente sem querer despertar de seu sono profundo. Isto certamente colocará uma parede intransponível entre ministro e crentes, destituindo a confiança nele por completo. Em ambos os casos, os ministros e os ouvintes acham-se numa situação de nunca poderem comungar em seu andar, mesmo que se expressem através das mesmas palavras. Eles não andam juntos porque não estão de acordo e nem podem estar. No primeiro caso, que o ministro obedeça rigorosamente ao mandamento de Cristo, o qual dita que "saiam daquela cidade, sacudindo o pó dos vossos pés, em testemunho contra eles", Luc.9:5. No último caso, que toda a igreja sacuda, não o pó, mas o ministro de cima de si para fora dos seus átrios. Isso servirá de repreensão como serviu a Miriam. Estarão muito melhor sem ele, do que com ele. "Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas? Mas não apascentais as ovelhas! Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu estou contra os pastores; das suas mãos requererei as minhas ovelhas e farei que eles deixem de apascentar as ovelhas, de sorte que não se apascentarão mais a si mesmos. Livrarei as minhas ovelhas da sua boca, para que não lhes sirvam mais de pasto", Ez.34:2,3,9,10.
O presidente Edwards relata o seguinte: "Se que ministros não pregam dentro da doutrina perfeita, ou nunca sejam totalmente dedicados e laboriosos, se manifestarem perante os seus que são dúbios e Sua obra não os afecta com a seriedade a que ela deles requer e compele, esse mesmo povo suspeitando dele, seu ministro nunca conseguirá mais que afastá-los dele e feri-los para sempre e irremediavelmente caso estes sejam sinceros e honestos neles mesmos. Mas caso este ministro manifeste pouca doutrina e muita vida e amor real que o ocupem em toda a sinceridade, granjeará o respeito de todos, incluindo de seus inimigos. Mas no caso anterior, se o seu povo for pressionado a crer que tal obra é de Deus quando não é, tendo o exemplo de tudo quanto se passa noutras vilas e cidades bastante claros em suas mentes, estes exemplos influenciariam mais estas multidões que as pregações de apostasia de coração que ouvem de suas bocas. Poucos exemplos reais surtirão maior efeito que suas palavras e a balança penderá contra si oportunamente. Os labores de ministros mortos nunca surtirão efeito sobre uma multidão que se quer salvar de facto. Na verdade, as opiniões desse seu ministro, não apenas alcançarão a suspeição do povo em geral, mas criará também uma certa suspeição entre eles próprios, caso algum apoio a esse ministro resulte dentro dessa mesma multidão. As suspeitas serão generalizadas e comuns e, os divisionismos, também. Acharão que é algo do mesmo espírito e de fermento que se pode tornar numa epidemia geral entre eles e abominam tal coisa prestes a tornar-se fedorenta mesmo, exalando horror. E o que será tudo isto em efeitos reais, senão um efeito perverso sobre uma suspeição na palavra que é a verdade, colocando as pessoas a falarem sobre futilidades sem fim à vista (pois o mal não tem fim enquanto ruge), desencorajando novos convertidos a congregarem na igreja, pois perdem a confiança num evangelho o qual deveria ser manifesta e claramente puro, tal qual este é na sua essência. O povo, assim que um evangelho quiser brotar que seja real, estão tendencialmente em aptidão para demoli-lo porque estão em estado de sítio contra os púlpitos, porque suas mentes fazem referencia ao ministro que conhecem. Nós que somos ministros da Palavra mais fiel da Terra, olhando para esta obra de ano para ano com um semblante aturdido e magoado, manteremos as ovelhas decididamente afastadas de seus pastos, em vez de estarmos a alimentá-las devidamente e dar-se-á o caso de estas ovelhas então serem melhor servidas sem qualquer ministro na realidade. E isto em tempos com este!
"Mas nós que nos dedicamos a este ofício sagrado, temos de ter o grande cuidado em nós mesmos, de como andamos entre as ovelhas e o arado e de que forma nos comportamos nestes últimos tempos ainda. Uma coisa de menor relevância num ministro, obstruirá sempre qualquer obra de Deus mais do que em outra pessoa qualquer. Se mantivermos nosso silêncio, ou se falarmos pouco sobre a Obra em publico ou nas orações, ou se estivermos revelando cuidados a mais quando nos expressamos sobre o trabalho, pode vir a ser interpretado como preocupação pelos ouvintes de forma geral de que, nós que somos tidos como seus guias espirituais, por quem se isolam e olham para segurarem em exemplos fixos de instrução espiritual, serão admitidos no hospital da suspeição. E isto terá como efeito prático o espalhar dessa mesma suspeição entre muita gente e entre aqueles que falam entre eles com a finalidade de avaliar situações. Será assim que consequências desagradáveis irromperão entre o rebanho. E caso nós nos achemos a contrariar e a impedir a Obra de Deus, cujo dever é antes promovê-la e instalá-la em definitivo, como poderemos esperar vir a beneficiar de Sua gloriosa manifestação em santidade? E mantendo gente consciente ou inconscientemente neste labirinto de coisas, manteremos as pessoas fora do reino de Deus também. Daí resultam as palavras terríveis de Cristo contra os líderes religiosos de então, as quais deveríamos ter em conta também em dupla relação a nós: "Mas ai de vós, hipócritas! Porque fechais aos homens o reino dos céus; pois nem vós entrais, nem aos que entrariam permitis entrar", Mat 23:13. Se mantivermos as ovelhas fora do alcance de Cristo, como e com que palavras responderemos por elas diante do grande e Sumo-Pastor, o Qual comprou todos aqueles através de Seu sangue precioso e as entregou aos nossos cuidados? Eu humildemente desejaria que cada ministro do evangelho se mantenha longe de ser morto em relação ao evangelho e que obtenha visões claras sobre tão grandiosa obra, evitando ser manifestamente descomprometido da Sua Obra e que se investigue em seu próprio coração se tem estado a comprometer nascimentos entre o rebanho, ou mesmo a ser estéril por pecado seu e sem bênção da parte de Deus. Peço a Deus então que essa esterilidade não lhe seja perpétua".
Podemos assim verificar que todos quantos professam a fé e são carnais, em conjunto com pecadores irascíveis, são tendencialmente colocados na taberna de sentimentos animais contra tudo quanto for verdade. Não será invulgar de todo em avivamentos de religião, deslumbrarem-se grandes movimentos concertados de oposição carnal. Por essa razão se deve distinguir entre santo e oponentes carnais, para que nunca se cometa o erro de se fazer passar o mau como bom e vice-versa. A promessa é clara: "Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que o não serve", Mal 3:18. Que este tipo de sentimento antagónico seja espevitado durante avivamentos de religião, é de se esperar, pois está dentro dos parâmetros de toda a obra de Deus, na sua globalidade geral. Estes sentimentos contraditórios podem ser excelentes ocasiões de franco crescimento, como podem ser o inverso, dependendo de que rumo tomam os fieis. Por essa razão, escolher-se objectar contra aviamentos por estas coisas virem a ser reais, será um absurdo ainda maior.
Uma vez mais &endash; podemos verificar também porque razão pecadores impenitentes não se dão muito bem com avivamentos. É apenas porque Deus está entre eles. Eles na verdade odeiam Deus e se inimizam contra a Sua realidade em sua essência. Porque Deus os comanda a renascerem do seu mal para a luz, criando neles um novo coração e por serem assim ruins, Deus deseja deles obediência imediata nesse aspecto &endash; nada de adiamentos. Esta será a razão principal porque os pecadores necessitam de um novo coração para estarem de acordo com Deus. Mas estando estes sob a influencia da sua mente carnal, a qual brota inimizade contra Deus quando Ele se manifesta, (Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser Rom 8:7), estes claramente se tornam arrogantes, manifestando repudio e ódio contra uma realidade de vida evidenciada entre eles, a qual nem sempre reconhecem como sendo Deus diante deles próprios para estarem bem. Se Deus fosse irreal, nada disto se estaria a dar. Assim que Deus se manifesta, a proporção da sua oposição revela a necessidade real dum coração novo. Por essa razão verificamos que, quanto mais um avivamento depõe as armas carnais e pára de destilar coisas manifestamente errantes e erradas, tanto mais ofenderá corações que se acham ainda em suas perversões malignas. Quanto mais se manifesta de Deus e quanto menos das imperfeições humanas ali presentes, tanto mais trarão à vida a oposição e a inimizade de corações que se tornam ultra-carnais pela manifesta luz que se fez sentir em seu meio.
Mais ainda &endash; poderemos assim obter uma avaliação real de avivamentos que são apenas aparentes, pela manifesta falta de oposição de quem se encontra em estado dormente e pecaminoso. Caso as pessoas que estão sob as influencias duma mente carnal nunca se manifestem contra a obra de Deus, deve-se maioritariamente a uma de três causas: 1. Ou estão profundamente convictos de seus pecados, de tal forma que nem se atrevem a manifestar-se em oposição, (mesmo que a nível de coração sejam ainda manifestamente inimigos de Deus e opositores do Espírito Santo); 2. Não existe nada do Espírito Santo entre ou dentro deles; 3. E, algo que acontece com frequência, as verdadeiras virtudes do Espírito Santo são claramente sonegadas por um discurso demoníaco a partir do púlpito, pouco claro e sob custódia do pretender-se envolver e misturar a santidade com os sentimentos carnais de alguns com receio de os vir a perder, camuflando assim a Obra de Deus com o lixo que se encontra dentro dum mundo frívolo e pouco coerente dos corações do homem, dando cobertura ao animal que se acha sentado dentro da igreja apenas porque se acha lá e se deseja que lá permaneça. Qualquer coisa que possa e tenha como manter um pecador de obter uma visão e percepção real de toda a sua inimizade austera contra Deus, mantendo-a antes adormecida para que o próprio nunca se veja tal qual ele é, quando colocado perante a verdade dos factos sobre seu próprio coração, tendencialmente evita que haja e reaja uma certa oposição à obra que Deus tenta promover em seu meio. E tudo quanto tenha como demover o pecador e oferecer-lhe uma nítida visão do ímpio ao próprio perante Deus, do seu próprio estado de alma e coração, provocará oposição clara. Toda essa excitação oposicionista nunca deve impressionar ninguém, pois um certo monstro foi retirado do seu sono de quietude. Qualquer avivamento que não promova ou não provoque a oposição dos ímpios muito naturalmente, é supra-falso, ou então nunca é conduzido de modo a que se manifeste o dedo de Deus apontando e tocando consciências de verdade. Existe um impedimento claro à manifestação e exaltação da mão de Deus. Por essa razão não se vê oposição entre os pecadores e os crentes mornos e adormecidos.
 Daí extraímos que, quanto mais puros forem os meios e as virtudes dos santos na conversão dos ímpios, promovendo os avivamentos, quanto mais quem prega for salvo da enfermidade e da fraqueza e da enfermidade de espírito, quanto menos simpatia e condolência se achar que favoreça o pecado e o estado pecaminoso dos pecadores, quanto mais conforme a imagem de Deus original entre os homens manifestarem vir a ser todos os santos sem excepção, tanto mais a oposição terá e descobrirá razões firmes de e para se opor claramente. Enquanto o coração do homem estiver em erro e deformado, é evidente que quanto mais aguda e mais clarividente for a verdade dos factos que sejam possíveis de serem contemplados pessoalmente através de pecadores irascíveis, tanto mais a contradição se envolverá com toda a obra de Deus que seja clara e evidente perante olhos e corações carnais em franco estado de inimizade contra Deus. Podemos esperar ver tanto do mal quanto for a proporção real do bem nunca sonegado nem sonegável.
 Onde parece que as coisas são iguais, faladas da mesma forma e expressadas através da mesma linguagem, onde no entanto a natureza e a vida das coisas é distinta, a verdade destaca-se pela provocação incondicional, quase involuntária daquela inimizade nativa que existe no coração do homem de facto e a qual sempre esteve ocultada dos olhos até do próprio, porque a verdade nunca se manifestou de forma real. Quanto mais errados estiverem os corações dos homens, tanto mais acertada deve ser tornada a pregação e a exposição da verdade. Que nunca se pense que somos apologistas ou recomendamos que se pregue de maneira ofensiva e voluntariamente intencionada e virada para a provocação da inimizade. Nem suponhamos que o evangelho não pode ser pregado ou exposto através dum espírito mau e amargurado e que os meios que se usam para promover aquilo que pretendemos não possam ser execráveis, pois podem ser ofensivos em vez de promoverem verdade de espírito e verdade em forma de vida. Todas essas práticas devem ser evitadas e anuladas veementemente também. Mas insistimos, mesmo assim, que as coisas santas são inconscientemente ofensivas para os pecadores e que os santos não devem evitá-las mas antes promovê-las ainda que sem nunca perderem seu espírito de profunda gratidão e amor real. Os corações perversos sentir-se-ão bem onde as pessoas sejam tão pouco santas quanto eles serão em sua essência, independentemente das palavras que se possam vir a usar. É óbvio que ser compreensivo pode vir a dar aprovação e guarnecimento à perversidade interior de cada homem ou mulher dentro da igreja e no mundo. A consciência pode mesmo aprovar os feitos de cada qual, caso os corações sejam iguais e as palavras sejam distintas. Mas quem não é santo, nunca aprovará a santidade quando esta extravasa e inunda a partir das vidas dos que são santos de facto. A santidade é ofensiva, não porque tenha algo de errado, mas porque tem algo de certo e muito bom e se confronta com o erro e nunca escolhendo caminho, provoca uma inimizade não menos sólida que até ali esteve profundamente adormecida em outras circunstâncias. Neste caso, se um pecador ou um crente stiver sob o domínio duma mente carnal, a qual é na realidade uma inimizade activa contra Deus pessoalmente e activada assim que Ele se manifesta de forma real e coerente, se estiver confortavelmente a ouvir um sermão e uma certa exposição de todo o evangelho e se agrada daquilo que ouve, será tão só porque o verdadeiro carácter de Deus não está a ser devidamente exposto ou contemplado de forma prática e visível. Deus não está a ser exibido, mas talvez explicado apenas. Existe algo que impede o pecador de apreender o verdadeiro carácter de Deus à luz do seu próprio estado de espírito e coração. Se Deus for devidamente exibido, ninguém poderá evitar que um certo tipo de rancor em forma de oposição clara e evidente e que uma inimizade efervescente saia da sua toca onde hibernou desde que o pecador nasceu sem nunca haver dado sinal de vida até então. Caso então a pregação seja a mais acertada e mesmo assim o pecador não seja espevitado e tocado para a auto-preservação e rancor, existe algo muito deficiente em quem prega, pois se o pecador se agrada da pregação certa, algo é pouco real com a vida de quem prega e acusa esterilidade profunda &endash; é Deus quem dá filhos. Quem prega assim é pouco sério e real, ou falta-lhe a unção de Deus por alguma razão, ou algo mais de muito errado se passa, a qual coisa tem de vir a ser imediatamente descoberta e devidamente exposta à luz de Deus e prontamente banida dali, sob pena de que, quem prega, vir a pagar tanto pela sua, como pela alma de todos quantos o ouvem. A vida de quem prega previne e impede claramente que as outras pessoas se salvem. A pregação deveria sempre poder realçar que o pecador de facto, em toda a verdade, está em estado real de inimizade contra Deus e que odeia Deus na sua essência. Falar de Deus nunca será ter e demonstrar Deus na Sua essência e real realidade &endash; será preciso que Ele se apresente de facto pessoalmente como Ele é ao pecador em questão. Como Deus é verdadeiro, o pecador ressente-se sempre que é devidamente exposto a toda a verdade em forma de realidade &endash; algo que o pecador odeia que seja feito com ele e muitas vezes sem se dar conta.
 Vemos então quão grande é a tolice de todos quantos trabalham de forma a agradar pessoas, gente cujos afectos são na realidade uma inimizade clara, mas até ali adormecida, contra Deus. Nunca um pecador se sentirá completo com algo santo &endash; terá de virar santo antes, no mínimo de raiz, de coração por obra de Deus no interior invisível de cada um individualmente. Estando estes em estado invulgarmente adormecido de inimizade contra Deus e tudo quanto é bom mas real, (pois o bom em palavra saindo duma boca má nunca os afecta realmente), se houver uma pregação que não os afecte, existe algo contraditório em tudo quanto fazemos e expomos.
 Isto explica também a razão porque muita inimizade e má-língua são avivadas em paralelo com os avivamentos de religião, conquanto sejam de facto reais e santificadores, dando glória a Deus em todos os sentidos de palavra de vida real, se a palavra expuser a Vida de facto.
Será o efeito natural dos avivamentos puros que esta inimizade se revele e manifeste &endash; nada disso nos deveria surpreender, na verdade. Avivamentos nesta terra onde nos encontramos, retiram a inimizade da sua toca de hibernação. Perturbarão sempre os espíritos do erro. Assim que o amor e a verdade entram em contacto directo e nos terrenos do erro e da inimizade execrável contra Deus, os reais sentimentos do inferno se despertarão. Isto nunca terá porque ser evitado, dentro ou mesmo fora da igreja. É de realçar que isso aconteça de facto. Sempre que o Espírito Santo entra em cena com a Sua característica principal (que é a santidade, daí "Espírito Santo"), se e quando estiver operante de facto, a inimizade e a convicção seguem-se sempre. Caso isto não aconteça, algo está determinantemente errado. Quanto mais certos e santos forem as emoções e todo o sentir real de cada santo, tanto mais falta de santidade se provocará e se manifestará de forma evidente e real dentro desse meio, caso estejam ímpios num raio alcançável pela real imagem da verdade virtual. A menos que os pecadores e todos os que são ímpios de essência se submetam àquela rigorosa e virtuosa lei de Deus em forma de vida exposta, haverá sempre um despontar dum espírito discordante. Os santos nunca terão porque andar com os ímpios e os ímpios se ressentirão disso mesmo, pois nada daquilo será agradar o que são em sua forma e vivência conforme conhecem o "amor", como o conheceram até ali. Quanto mais santos os santos forem, tanto maior será o abismo entre eles até chegar aquele dia quando a eternidade os separará definitivamente e para sempre &endash; cada um para o seu lugar de eleição e preferência.
Isto revela-nos que as diferenças entre céu e inferno, no tocante à sua moralidade e carácter, felicidade e miséria, consiste maioritariamente no real sentir das respectivas características de cada qual, das quais, numa delas, Deus se deleita e convive de forma real, participativa mesmo, enquanto que com a outra se afasta definitivamente e os entrega ao seu ser desprezível para sempre e definitivamente. Os habitantes do céu e do inferno, estão separados por mais que um abismo.
Isto demonstra também, para além de qualquer contradição, que nenhum pecador poderá ser deixado a considerar-se salvo, a menos que nasça de novo. Se este se considerar salvo nesse estado, será por culpa exclusiva de quem quer ser agradável e conivente com ele, saldando-se a obra assim na sua consequente perdição como o efeito nefasto e principal de tal procedimento. Noutras palavras, será impossível pela natureza das coisas, que pecadores andem e convivam e participem das alegrias dos que são santos aprovados por Deus, que se sintam bem entre os anjos, sem que sua natureza haja sido transformada de facto. Os ímpios não terão como e porque andar entre os santos com alegria e em conivência, pois "Pelo que os ímpios não subsistirão, nem os pecadores na congregação dos justos"; Sal.1:5. Assim que os crentes param de andar e se envolver "segundo o curso deste mundo no qual outrora andaram", Ef.2:2, os pecadores "acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós", 1Ped.4:4. Assim que os crentes se despertam da sua sonolência profunda e se tornam seres espirituais e activos e activados e abençoados por Deus em presença real, tornam-se mais celestiais de facto, "os dias dos céus sobre a terra", dissolvendo seus males e anulando sua conduta anterior por causa e efeito da vida em seu novo coração; os pecadores, porém, estarão uniformemente compostos e associados, esquecendo e ignorando mesmo as diferenças entre eles, para se erguerem contra o "seu ungido" Sal.2:2 &endash; por isso se amotinam. Eles tentarão ainda imaginar e conceber e fazer entender que existe algo de errado existe, de facto, mas entre os crentes, pois acham que se ofendem porque os crentes nunca amam nem apoiam, quando a inimizade é sua e apenas existente em si próprios. Os avivamentos ofendem os pecadores de todos os quadrantes, os de dentro e de fora da igreja. Mas a verdade é que, o pouco que existe de certo entre os crentes, a par do muito de Deus que se vê entre eles, os ofende na realidade, servindo-se de auto-acusações que ignoram e revertem a seu favor contra os crentes de eleição. Mas, onde os santos se assemelhem a anjos em toda a santidade, tanto ou mais santos que os anjos possam ser nos céus, os pecadores terão consequentemente de se vir a distanciar do curso das coisas reais, a menos que se arrependam e convertam. Quanto mais se avançar em toda a santidade, tanto mais abismal será a diferença de vida e tanto maior a impossibilidade de andarem juntos, pois não estão de acordo. A eternidade separá-los-á em definitivo, no entanto.
Como ultimo comentário, digo que isto manifesta e revela porque razão as vidas e as palavras de todos os profetas de Cristo e dos apóstolos e dos avivamentos de séculos anteriores dentro da igreja virtual e real, terminou em morte. Também que detonou uma maior oposição a partir dos lideres religiosos, do que de pecadores ímpios que nem as sinagogas frequentavam. Estes pregadores eram considerados ofensivos e nefastos em virtude das suas vidas serem santas e santificadoras também. Existe uma menor oposição hoje, apenas porque os crentes se tornaram cada vez mais iguais ao "curso deste mundo" e não porque o mundo houvesse mudado para melhor.
Nunca será de ser negado que os santos naqueles dias "experimentaram escárnios e açoites e ainda cadeias e prisões. (37) Foram apedrejados e tentados; foram serrados ao meio; morreram ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, aflitos e maltratados (38) (dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montes e pelas covas e cavernas da terra", Heb 11:36-38.
Não pode ser negado, nem será, que a pregação e as palavras de Cristo, de todos os profetas e dos apóstolos e dos ministros primitivos, eram acompanhadas de vida e provocava a oposição dos religiosos, os quais professavam santidade e exclusividade absoluta como forma de se sentirem seguros e fortificados em suas próprias trincheiras de engano. Isso dava-se com muito mais frequência do que se dá hoje, infelizmente. Muito menos deve ser sonegado que os que professavam a religiosidade e santidade absoluta e absolutista e a religião, eram os que se constituíam como a nata de toda a oposição frequente &endash; a dos pecadores cessava, a deles nunca cessou até aos dias de hoje. Foram eles que instigaram os Romanos a crucificar Cristo, depois foram eles que mataram os santos e crucificaram os apóstolos. Até mesmo os doutores de toda a lei e os mais sábios entre o povo, se acotovelavam para fazer o mal e para evitarem que a multidão lhes deixasse de dar ouvidos e ouvissem o discurso e o decurso da verdade. "Ele tem demónio e enlouqueceu! Porque o ouvem ainda?" Estes lideravam as oposições por todo lado, entre os apóstolos, nos avivamentos nos quais eles se encontravam e achavam envolvidos. Com frequência, os apóstolos eram acusados e tidos como "Estes que têm transtornado o mundo e chegaram também aqui", Act 17:6. Os pecadores eram de forma geral endurecidos através destes opositores, os quais persistiam em não deixar entrar quem pudesse ainda entrar. Lemos que eles "encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam" Act 13:45. Lemos sobre descrições de "como alguns deles se endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho diante da multidão", Act 19:9, tanto que muitas vezes os apóstolos eram forçados a deixar os locais por uns tempos para que os escolhidos ainda pudessem e tivessem como e porque ser alcançados, abandonando os locais de trabalho sob circunstancias deveras humilhantes e muitíssimo degradantes, escapando para por as suas vidas a salvo. Estes são factos incontestáveis e lamentáveis, os quais nunca nos devem envergonhar, caso os encontremos em nossos caminhos santos ainda.
Este texto ganha assim a sua relevância principal, pois nunca ninguém terá porque andar junto não estando de acordo. Todas estas coisas atribuem sempre uma veracidade a tudo quanto os verdadeiros profetas falam e dizem e da vida que os faz realçar e destacar entre muitos e revelam que nem por essa razão Cristo e os apóstolos eram os culpados desta situação, nem tão pouco que não eram santos e puros em seus motivos quando abriam suas bocas apenas porque havia oposição. Também não prova que eram imprudentes, que sua pregação era severa, quando Cristo a considerou branda e leve mesmo como jugo; prova apenas que existe algo de muito errado nos avivamentos actuais. O facto relevante é que todos os profetas eram um tanto mais santos em suas vidas entre o povo, tanto mais audazes e fiéis na entrega das mensagens que inundavam seu próprio ser por dentro, que Cristo era tanto mais inquisidor e prescutante e manifestamente alguém que convencia de todo o pecado, pleno de verdade e virtude, simples em sua forma de pregar, conclusivo, coerente com a vida que detinha n'Ele na mais pura santidade e castidade real e não legalista, estando de tal forma "separado dos pecadores" em toda a sua vivência que acrescia ao contraste, mesmo andando entre eles e comendo com eles à mesma mesa; que os apóstolos eram concludentes e persistentes e simples na forma e na vida que levava a verdade e o caminho às pessoas que os ouvissem ainda, que suas vidas eram de uma abnegação tal que transparecia até perante seus opositores reais e carnais (e que era isso que os fazia oporem-se frequentemente a eles), de tal forma que os pecadores, para andarem com eles teriam necessariamente de se converter e acabar em concórdia com sua essência e vida real. A menos que estivessem de acordo &endash; e porque Cristo ou os apóstolos não mudariam &endash; não andariam juntos. Todos os meios que promoviam estes avivamentos eram integrais, racionais e visíveis, tanto mais santos do que são hoje. Existe uma grande simpatia para o modo de vida de todos os tipos de pecadores hoje em dia, por todo o lado. Existem igrejas que chegam a ser transformadas em covis de leões, mais mundanas que o mundo. Não existia nada dentro da igreja primitiva daquela suavidade da hipocrisia e sua mansidão era real e efectiva; haveria muito menos simpatia igual à do "curso deste mundo" onde tudo se aceita e se promove como bem desde que agrade e tenha características de vir a agradar, estabelecendo mesmo uma linguagem muito própria e comum e perceptível e audível &endash; aceitável mesmo &endash; embelezando o pecado e dando cobertura ao mal pela aceitação, de todo designado a nunca tornar a vida difícil a quem está em calmaria no vale da morte, recebendo e concebendo o aplauso popular de preferência. Os apóstolos eram dos que "pelo contrário, rejeitavam as coisas ocultas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; mas, pela manifestação da verdade, se recomendavam à consciência de todos os homens diante de Deus. (3) Mas, se ainda o evangelho estava encoberto, é naqueles que se perdem que estava encoberto, (4) nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus", 2Co 4:2-4.
Estêvão era santo ao ponto de, depois de uma mensagem que perscrutou todo o íntimo dos seus ouvintes, fazendo-os ver mesmo toda a verdade sem o poderem negar a não ser pela malícia, os provoca e induz a "gritarem com grande voz, taparem os ouvidos e arremeterem unânimes contra ele" também, Act 7:57. Mas isto nunca provará que ele foi imprudente em seu discurso. O feito que os avivamentos actuais são muito mais silenciosos e graduais em seu progresso, do que eram em Pentecostes e muitos outros lugares distintos e criam um muito menor alvoroço entre os mundanos e os carnais que professam Deus e concluem por eles que serão santos, em nada pode comprovar que os métodos e os meios de avivamento tenham evoluído e que sejam entretanto melhor aceites e os pecadores melhor entendidos do que então. Também não podemos deduzir que os ministros e os crentes que se envolvem na promoção destes ditos avivamentos, sejam de forma alguma de maior prudência e de maior eficácia que os apóstolos. Se isto vier a ser afirmado, será tão só porque os crentes actuais se entregaram a um certo espírito orgulhoso de presunção e não porque seja verdade. Também não poderemos afirmar que o coração dos homens entretanto mudou, apenas porque o verdadeiro carácter de Deus é pouco revelado e sonegado ostensivamente. Também não será porque o carácter de Deus se tornou menos ofensivo contra todo o tipo de pecador, interno e externo a toda a igreja. Não, nunca! O facto relevante será de que, tanto os profetas como Cristo e seus apóstolos, eram tanto mais santos e concisos, quanto eram perspicazes e audazes em tudo quanto empreendiam, estando muito menos conformados com este mundo de loucos e insensatos; numa só palavra, eles sempre foram muitos mais prudentes e muito mais celestiais que nós e isto poderá ser medido e avaliado pela oposição que desencadearam entre as hostes terrenas e carnais. As suas razões eram mais provocadoras e muito mais reais, tanto quanto eram mais odiadas pelos homens.
Hoje prega-se pelo prestígio, pelo caminhar normal deste mundo. Reavivamentos reais dos seus dias eram muito mais livres e menos submetidos a meios e a políticas de empreendimentos carnais e sua autoria era claramente a "mão nua de Deus". Estas serão as razões porque elas faziam muito mais barulho através da mansidão, alcançavam muito mais com muito menos recursos, do que todos os avivamentos que desfrutamos hoje, pois despertavam e assolavam muito mais coisas e poderes do inferno e da terra contra eles mesmos. Eles literalmente viravam o mundo do avesso, transtornavam todo lugar por onde passavam, pois assumiam claramente que nenhum homem pode, ao mesmo tempo, "servir a Deus e a Mamon". Era verdadeira a afirmação então de que, "todos os que querem viver piamente em Cristo Jesus padeceriam múltiplas perseguições", 2Tim.3:12. Era entendido e tido como real então que, se os ministros "ainda agradassem aos homens, nunca poderiam ser servos de Cristo". Toda a igreja e o mundo nunca concordavam para andarem juntos e fazerem uma mesma fila de gente. Eles não estavam de acordo em relação a nada. Vamos então evitar sermos cruéis ao ponto de nos exercitarmos na presunção, imaginado sermos mais sábios que eles, pois seus frutos falam por eles mesmos e chegam até nós hoje ainda para vermos e aprendermos. Não imaginemos estar acima deles apenas porque sabemos como conviver e dominar aquela mente "carnal que é inimizade contra Deus", para evitarmos ser perseguidos e inquiridos pelo mundo também. A santidade traz perseguição inevitavelmente e pode trazer fonte de amargura até nós, a qual devemos sempre evitar sem demovermos nossos espíritos de enfrentar quem confronta &endash; que batam em nada. Vamos assumir que se os ímpios convivem melhor connosco, se suas vidas são mais facilitadas quando em pecado, tanto com a nossa forma de vida como com as nossas pregações, será tão-somente porque somos muito menos santos, menos celestiais, menos com e como Deus, menos do que aquilo que nossos antepassados foram. Se andamos de bem com os ímpios e os mornos, ou se eles andam connosco, será porque estamos de acordo e nosso espírito é o mesmo que o deles; "Acaso andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?"








Sermão






Sermão


Líder, sendo um bom liderado. Liderado, aprendendo a ser um bom líder


Às vezes em nossa caminhada como cristãos e também na vida secular nos depararam com algumas situações que nos despertam a atenção. Em todo o momento, nos deparamos ou esbarramos em algo que convivemos diariamente; seja no trabalho, seja na igreja, nos estudos etc. Sempre temos alguém acima de nós, ou seja, sempre temos um líder.

Visite: Gospel, Noticias Gospel, Videos Gospel, Biblia Online
Os fatos que serão mencionados aqui dizem a respeito da relação “Líder x Liderado”, onde estes dois atores são importantes e necessários na sua subsistência. Esta relação que pode ser, por analogia, ligada à meteorologia: que ora está com o céu limpo e sem nuvens e um belo sol , ora está sujeito a chuvas e trovoadas, torna este assunto mais interessante. Quem é que nunca discordou do seu líder na igreja, ou chefe no trabalho? Quem é que nunca enquanto o seu líder falava você cutucava alguém do seu lado e dizia “- Não concordo!” ou “-Não gosto como ele faz isso”?  Ou ainda, quem nunca disse ou ouviu alguém dizer ”- Isto não vou fazer!” ou “Eu não, ele só sabe mandar” ?

São situações como estas mencionadas acima que nos levam a pensar nos seguintes pontos: E quando eu estiver na pele de um líder? Quando eu estiver do lado de lá, como vai ser? É sempre bom lembrar que um bom líder é aquele que sabe ser um bom liderado. Com isso, podemos recordar do que está escrito na palavra em Colossenses 3.23 “E tudo o quanto fizerdes, fazei-o de todo coração, como ao Senhor, e não aos homens”. Resumindo: Faça o melhor como se fosse para Deus! Ser sincero naquilo que se faz é melhor do que se fazer de qualquer jeito, pois isso atrapalha não só quem está liderando como ao próprio liderado.
Quando falamos de liderança logo nos vem à cabeça um personagem da narrativa bíblica: Moisés. Temos relacionado a Moises alguns pontos onde veremos que ele foi um líder levantado por Deus e que passou por muitas dificuldades que nós passamos, seja como líder ou liderado. Dúvidas e questionamentos dos que caminhavam com ele no deserto fizeram parte da “gestão” de pessoas de Moisés (podemos até brincar e dizer que ele foi um grande homem de RH onde Deus era o seu chefe). Abaixo, os pontos sobre os quais é bom lembrar-se do por que da existência de um líder:

· (Ex. 17.5) Moises recebeu a direção de Deus para que caminhasse adiante do povo. Isso nos revela a necessidade do líder ter iniciativa e observar os direcionamentos de Deus;

· (Ex. 18.13-26) Moisés, por conselho de Jetro, dividiu a responsabilidade com outros líderes. Aqui é mostrado que o líder precisa ouvir conselhos dos mais experientes e evitar a centralização do trabalho, que pode tornar o trabalho do líder mais difícil e menos produtivo;

· (Ex. 32.11-14) Moisés, apesar das falhas do povo, não se eximiu da tarefa de interceder por eles. Este trecho da palavra nos mostra que o líder deva ter compaixão pelo povo, interceder por eles, apesar de suas falhas.

Qualidades que um líder deve ter:
· Estar sob a direção de Deus;
· Saber o que falar e quando falar;
· Saber ouvir;
· Ter vontade de ensinar;
· Ter o tom de voz adequado;
· Ser humilde;
· Ser paciente;
· Reconhecer seus liderados;
· Saber a quem e o que delegar algo;
· Saber formar novos e bons líderes.

Lembre-se: ”ser líder é ser formador de opinião. Então, tenha cuidado no seu proceder e no seu falar! O líder de amanhã será seu espelho de hoje”.

Qualidades de um bom liderado (aspirante a líder):
· Ser humilde;
· Saber ouvir;
· Ter muita vontade de aprender;
· Ser paciente;
· Fazer as coisas da melhor forma possível.

Faça com que o seu liderado se sinta importante, mas não deixando que ele se torne auto-suficiente achando que não precisa mais da figura do líder.

Concluindo: não importa de que lado você está se agora você é um líder, amanhã poderá ser um liderado e se você é um liderado hoje, amanhã você pode se tornar um líder. Sendo assim, o mais importante é fazer tudo como se fosse pra Deus.
Amém e até a próxima! Que Deus te abençoe!